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Banca e Páscoa deixam Wall Street em banho-maria

Destaque para o facto do volume transaccionado nas praças norte-americanas ter sido muito baixo, com cerca de 5,75 biliões de negócios, ou seja quase 20% a menos do que a média em tempos normais que ronda os 7 biliões de negócios diários, fraca liquidez a que não é indiferente o período de férias da Páscoa que irá resultar numa semana mais curta devido ao feriado da sexta-feira santa.
  • Reuters
16 Abril 2019, 07h45

Depois de um início de earnings season auspicioso com uma sessão de sexta-feira onde o optimismo dominou, após os bons resultados da J.P Morgan e de dados económicos interessantes, os investidores foram ontem confrontados com um percalço depois de tanto a Goldman Sachs como o Citigroup desiludirem nas suas apresentações de resultados. Curiosamente ambas as empresas superaram as expectativas quanto aos lucros, $5.71 por acção vs $4.89 previstos no caso da primeira e $1.87 por acção contra $1,80 antecipados no caso do Citigroup, contudo as duas empresas ficaram aquém na componente das receitas, o que contrapõe com o que se espera para esta época de resultados que é menos lucros, mas um crescimento das receitas. O resultado final foi de quedas nos títulos das empresas de -3,82% e -0,06% respectivamente, o que condicionou negativamente a performance do sector financeiro do S&P500, empurrando-o para a maior desvalorização do dia nos -0,62%, quando na véspera registou a maior subida entre os onze sectores do principal índice.

Outro grupo que esteve sobre pressão vendedora extra foi o das energéticas que cedeu -0.57%, em linha com o recuo de $0.49 no preço do WTI crude para os $63.40 por barril, após de na sexta-feira o relatório da Baker Hughes sobre o número de poços de exploração activos nos EUA ter revelado uma subida para os 833, um valor que sustenta a produção recorde registada no país de 12.2 milhões de barris por dia. De realçar no entanto que apesar dos três principais índices norte-americanos terem terminado no vermelho a sessão foi de recuperação a partir do meio dia local, o que permitiu reduzir as perdas a valores residuais de -0,1% em média. Na Europa o cenário foi ligeiramente mais optimista com os sectores dos media e das seguradoras a sustentaram valorizações ligeiras, contra a variação negativa que se verificou nas mineiras, sector onde não foi indiferente uma contracção de -0.3% nos preços do Ouro para os $1,291 por onça e de -1,6% na Platina para os $884 por onça.

Destaque para o facto do volume transaccionado nas praças norte-americanas ter sido muito baixo, com cerca de 5,75 biliões de negócios, ou seja quase 20% a menos do que a média em tempos normais que ronda os 7 biliões de negócios diários, fraca liquidez a que não é indiferente o período de férias da Páscoa que irá resultar numa semana mais curta devido ao feriado da sexta-feira santa.

O gráfico de hoje é do S&P500 o time-frame é Semanal

Caso este índice quebre os máximos anteriores, a linha azul corresponde à zona mais próxima que poderá oferecer resistência às subidas, que neste caso se encontra nos 3.000 pontos.

 

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