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Banca reduziu malparado em 1,7 mil milhões de euros no terceiro trimestre de 2019

Em junho do ano passado, os empréstimos non-performing ascendiam a 23,4 mil milhões de euros, tendo caído para 21,7 mil milhões em setembro. Em dezembro de 2018, o malparado em Portugal ascendia a 25,8 mil milhões de euros.
2 Janeiro 2020, 12h41

Entre julho e setembro de 2019, a qualidade dos ativos dos bancos a operar em Portugal uma vez que o crédito malparado caíu 1,7 mil milhões de euros (7,3%). Segundo o relatório “Sistema Bancário Português: desenvolvimento recentes” relativo ao terceiro trimestre do ano passado e divulgado esta quinta-feira pelo Banco de Portugal (BdP), “os empréstimos non-performing (NPL, na sigla inglesa) diminuíram 1,7 mil milhões de euros (7,3%) no terceiro trimestre”.

Em junho do ano passado, os empréstimos non-performing ascendiam a 23,4 mil milhões de euros, tendo caído para 21,7 mil milhões em setembro. Em dezembro de 2018, o malparado em Portugal ascendia a 25,8 mil milhões de euros.

Já os NPL líquidos de imparidades ascendiam a 11,2 mil milhões em junho de 2019, caindo para 10,1 mil milhões em setembro. Em dezembro de 2018, os NPL líquidos de imparidades ascendiam a 12,4 mil milhões de euros.

O regulador revelou ainda que o rácio de NPL total foi reduzido em 0,6 pontos percentuais, de 8,3% para 7,7% e o rácio de NPL líquido de imparidades totalcaíu 0,4 pontos percentuais, de 4% para 3,6%.

No setor não financeiro, isto é, nas empresas não financeiras, a carteira de NPL caíu 1,1 mil milhões de euros (7%), “tendo o rácio decrescido 0,9 p.p. para 15,7%”, lê-se no documento do BdP. Já nos particulares, a carteira de malparado reduziu-se em 596 milhões de euros (9,4%), com o rácio a cair 0,4 pontos percentuais para 4%.

Por sua vez, o rácio de cobertura dos NPL por imparidades aumentou 1,2 pontos percentuais, para 53,5%, enquanto no segmento das empresas não financeiras o rácio de cobertura por imparidades aumentou 1,5 pontos percentuais para 58,5% e, no segmento dos particulares, subiu 1,1 pontos percentuais para 42,2%.

Rendibilidade estável e solvabilidade aumenta

A rendibilidade dos bancos portugueses, medida pela rendibilidade do ativo (ROA), fixou-se nos 0,8%, o mesmo que tinha sido registado em setembro de 2018 e em junho de 2019. Já a rendibilidade dos capitais próprios (ROE) subiu em termos homólogos 0,4 pontos percentuais para 9,1% em setembro de 2019.

“A estabilidade do ROA refletiu, por um lado, o aumento de 4,2% da margem financeira e, em menor grau, a diminuição de 20,5% do fluxo líquido de provisões e imparidades”, explicou o BdP. “Por outro lado, estes contributos positivos foram compensados por uma deterioração dos resultados de operações financeiras em 36,5%, um aumento de 2,4% dos custos operacionais e uma redução de 26,2% dos outros resultados”, prosseguiu o regulador no documento.

Já a eficiência do sistema bancário, medida pelo rácio cost-to-income, caíu em relação ao período homólogo, “refletindo o referido aumento dos custos operacionais, o qual foi superior ao crescimento do produto bancário”, disse o BdP.

A solvabilidade aumentou no terceiro trimestre de 2019 com a subida do rácio de fundos próprios totais de 0,3 pontos percentuais para 16,4%, o que refletiu “a emissão de instrumentos elegíveis para fundos próprios adicionais de nível 1 (Additional Tier 1) e para fundos próprios de nível 2 (Tier 2) por parte de duas instituições de maior dimensão.

Por sua vez, o rácio de alavancagem cresceu 0,1 pontos percentuais para 7,8%, acima do mínimo da referência de 3%, definidido pelo Comité de Supervisão de Basileia, que se tornará obrigatório a partir de 28 de junho de 2021, com a entrada em vigor do novo CCR.

 

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