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Banco Africano de Desenvolvimento prevê crescimento de 3,2% para o continente

Entre os principais riscos apontados neste cenário de particular incerteza, o departamento de estudos económicos do banco salienta “o reaparecimento de infeções com covid-19, o perigo da dívida, a limitação nos fluxos de capitais, os preços baixos das matérias primas, o baixo turismo e remessas, eventos climatéricos extremos e tensões sociais”.
12 Março 2021, 19h26

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) disse esta sexta-feira que estima um crescimento de 3,2% para este ano no continente, depois da recessão de 2,1% do ano passado devido à pandemia de covid-19.

De acordo com o relatório ‘Perspetivas Económicas para África 2021’, que tem como tema ‘Da resolução da dívida ao crescimento: o caminho de África’, o continente “deve recuperar da sua pior recessão económica em meio século devido à pandemia, crescendo 3,4% em 2021, que se segue a uma contração de 2,1% no ano passado”.

O documento salienta que, apesar do impacto económico ser diferenciado em função das regiões, “a recuperação antevista é genérica”.

Entre os principais riscos apontados neste cenário de particular incerteza, o departamento de estudos económicos do banco salienta “o reaparecimento de infeções com covid-19, o perigo da dívida, a limitação nos fluxos de capitais, os preços baixos das matérias primas, o baixo turismo e remessas, eventos climatéricos extremos e tensões sociais”.

Apesar destes riscos, o banco considera que fatores como a efetiva disponibilização de terapias e vacinas contra a covid-19, a implementação completa do acordo de comércio livre e o contínuo progresso na transformação estrutural, incluindo a digitalização e a capacidade para teletrabalho podem ajudar o continente a recuperar de forma sustentada.

A pandemia de covid-19, o tema que a par da dívida atravessa todo o relatório de quase 200 páginas, “vai reverter os ganhos que tanto custaram a obter relativamente à redução da pobreza em África, atirando cerca de 30 milhões de pessoas para a pobreza extrema no ano passado, sendo estimado que cerca de 39 milhões de africanos caiam nessa situação este ano”.

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