O banco central da Suécia, o Sveriges Riksbank, poderá aumentar as taxas de juro, pela primeira vez em sete anos, se o ritmo de crescimento do maior país da Escandinávia continuar a sustentar a inflação, foi anunciado esta quarta-feira.
“Se a economia se desenvolver de forma a continuar sustentando as perspetivas de inflação, o conselho executivo considera que, em breve, será apropriado começar a aumentar a taxa de recompra a um ritmo lento”, lê-se no comunicado do Riksbank.
A orientação do banco central sueco está em linha com o pronuncio anterior, que deu aos legisladores da Suécia um intervalo de tempo entre dezembro e fevereiro para assegurar um aumento de 25 pontos base. O banco manteve sua taxa principal em menos 0,5%, como esperado pelos economistas, de acordo com a agência de notícias económicas e financeiras “Bloomberg”.
O economista-chefe do Sveriges Riksbank, Robert Bergqvist, considerou a mensagem do banco “cristalina” e diz que os políticos suecos estão prontos para criar condições para um aumento de 0,25 pontos percentuais em dezembro deste ano, ou fevereiro de 2019. “Alguns aumentos das taxas não são uma ameaça ao crescimento económico ou aos preços das casas”, lê-se num tweet.
🇸🇪Swe Riksbank kept the policy rate at -0.50% (no surprise). Policy message is crystal clear: a hike in Dec or Feb by 25bps is (almost) a done deal. A couple of rate hikes aren’t a threat to economic growth/home prices. Dep Gov Ohlsson & Flodén voted for an immediate hike. pic.twitter.com/EQB8WpcOWm
— Robert Bergqvist (@BergqvistRobert) 24 de outubro de 2018
O Estado sueco já negociou esta quarta-feira a coroa sueca a 0,1% mais baixo face ao euro.
Do lado político da questão, os políticos pretendem recuperar um ambiente de taxa de juro “mais normal”, sublinha a “Bloomberg”. A inflação mostra sinais de estabilização em torno da meta de 2% do Riksbank, equanto o crescimento económico supera a média da União Europeia e o desemprego cai. Para se afastarem de um período histórico de estímulo monetário, os esforços suecos seguem as medidas adotadas por vários dos principais bancos centrais do mundo, sobretudo da Reserva Federal dos Estados Unidos (Fed).
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