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Banco de Inglaterra estima que Reino Unido possa perder até 75 mil postos de trabalho na banca

Fonte próxima da administração do banco indica, no entanto, que o número pode ainda vir a alterar-se consoante o tipo de acordo que a primeira-ministra britânica, Theresa May, conseguir para o Brexit.
  • Toby Melville / Reuters
31 Outubro 2017, 11h34

O Banco de Inglaterra estima que o Reino Unido possa perder até 75 mil postos de trabalho ligados aos serviços financeiros após a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia. Fonte próxima da administração do banco indica, no entanto, que o número pode ainda vir a alterar-se consoante o tipo de acordo que a primeira-ministra britânica, Theresa May, conseguir para o Brexit.

“Os altos funcionários do Banco de Inglaterra estão a apresentar este número como um ‘cenário razoável’ especialmente se não houver um acordo específico que vise os serviços financeiros entre o Reino Unido e a União Europeia”, explica o canal de notícias britânico BBC.

A revisão em alta do número de postos de trabalho que pode sair do Reino Unido até março de 2019, altura em que as negociações do Brexit devem estar terminadas, surge um mês depois do vice-presidente do Banco de Inglaterra, Sam Woods, ter afirmado à agência de notícias Reuters que o número rondaria os 10 mil postos de trabalho ligados ao setor da banca.

Os bancos com sede no Reino Unido têm vindo a procurar alternativas para instalarem as suas sedes de forma a garantir o acesso ao mercado único da União Europeia. Frankfurt, a cidade alemã que alberga o Banco Central Europeu (BCE), surge como a cidade europeia que lidera a lista de preferências dos grandes bancos mundiais.

Frankfurt pode vir a receber cerca de 10.000 novos empregos na banca e mais de 20.000 lugares em serviços financeiros, com a transferência dos bancos que querem continuar a aceder ao mercado único. O britânico Standard Chartered, a japonesa Nomura Holdings e o banco de investimento nipónico Daiwa Securities Group já elegeram formalmente a cidade para retomarem as suas operações na Europa.

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