[weglot_switcher]

Banco de Portugal quer garantir que as notas que tem na carteira são verdadeiras. Sabe como?

Banco central explica a aposta no combate à contrafação de numerário. Formação para reconhecimento de notas e moedas falsas, garantia da qualidade e fiscalização fazem parte do plano de ação.
3 Fevereiro 2019, 15h00

As notas e moedas que tem na carteira são genuínas? O garante disso é uma das principais missões do Banco de Portugal, que para tal promove várias iniciativas:

Formação para reconhecimento de notas e moedas falsas

Uma das iniciativas promovidas pelo BdP é dirigida diretamente àqueles que lidam no terreno com a contrafacção: profissionais de instituições de crédito e de empresas de transporte de valores. É, neste sentido, que o Centro Nacional de Contrafações promove ações de formação sobre as notas e as moedas de euro, de modo a explicar as técnicas que permitem detetar se as notas e moedas são genuínas. No entanto, as ações de formação não são exclusivas para estes grupos e existem também formações gratuitas para estudantes, retalhistas, comerciantes e outros interessados.

“A preocupação formativa do Banco de Portugal estende-se à população em geral, o que levou a fazer uma parceria com a GNR, que divulga informação sobre as notas euro à população”, refere o regulador.

Garantir a qualidade do numerário

Por outro lado, parte do plano de ação contra a falsificação passa por analisar, registar e classificar as notas contrafeitas e falsificadas apreendidas. “Uma análise que é essencial para as investigações policiais, ajudando a identificar e deter contrafatores”, diz o BdP.

A instituição liderada por Carlos Costa explica no processo de análise, há o foco da separação entre o numerário genuíno e suspeito e entre notas e moedas com e sem qualidade. Deste modo, o numerário que seja considerado suspeito é retirado de circulação.

Para tal, o Banco de Portugal verifica a qualidade das notas em máquinas de alta velocidade, que identificam e separam as notas suspeitas ou de fraca qualidade.

“São sujeitas a este processo todas as notas recebidas no banco central, mesmo as que já tenham sido analisadas pelas empresas de transporte e tratamento de valores, que também têm responsabilidades pelo saneamento de numerário”, explica o BdP. “Até porque o Banco de Portugal é a única entidade autorizada a destruir notas”, conclui. O processo de verificação da qualidade de moedas é semelhante, no entanto, a destruição das moedas consideradas incapazes é levado a cabo pela Imprensa Nacional Casa da Moeda.

Fiscalizar entidades que trabalham com notas 

A responsabilidade de fiscalizar a atuação das entidades que trabalham profissionalmente com numerário está também a cargo do BdP, tais como bancos, agências de câmbio e empresas de transporte e tratamento de valores.

“As inspeções do Banco de Portugal servem para verificar se essas normas são cumpridas. Afinal, a viagem das notas e moedas que tem na sua carteira também passa por estas entidades”, realça o banco central.

Estas inspecções podem ocorrer presencialmente através de equipas do BdP que se deslocam às instalações das entidades em causa ou de forma indirecta, através da análise de informação recolhida e dos dados transmitidos ao regulador.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.