O Banco de Portugal teve conhecimento do processo de falência da sociedade do ex-Grupo Espírito Santo (GES) Rioforte, não alertou para a insolvência e garantiu até que a empresa não tinha riscos, noticiou a estação de televisão SIC, numa reportagem emitida esta terça-feira, 6 de fevereiro.
A reportagem do jornalista Pedro Coelho, intitulada “à noite todos os gatos são pardos” revela que o regulador bancário pediu uma análise à consultora PwC sobre as holdings do GES no terceiro trimestre de 2013 e, mais tarde, optou por não divulgar as conclusões do estudo feito.
A investigação da SIC, transmitida durante o “Jornal da Noite”, conta que não foi possível apurar qual a razão que terá levado o banco liderado por Carlos Costa a afirmar que a sociedade não financeira do grupo seria viável, ainda que a análise tivesse mostrado um capital positivo de 930 milhões de euros e, poucos meses mais tarde, um buraco de 945 milhões de euros.
Recentemente, o banco central informou que no decurso do quarto trimestre de 2017 o Banco de Portugal instaurou 23 processos de contraordenação e decidiu 108 processos.
Dos 108 processos de contraordenação decididos pelo supervisor, 77 foram sobre infrações de natureza comportamental, 23 respeitam a infrações de natureza prudencial, cinco têm que ver com infrações a deveres respeitantes à prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, dois versam sobre atividade financeira ilícita e um sobre infrações às regras em matéria de recirculação de numerário.
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