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Banco de portugueses foi primeiro a estar operacional após reconversão da moeda na Venezuela

O bolívar forte perdeu cinco zeros para dar origem ao bolívar soberano.
20 Agosto 2018, 21h50

O Banco Plaza, propriedade de portugueses radicados em Caracas, foi o primeiro banco a estar operacional, na Venezuela, após a reconversão monetária desta segunda-feira, dia em que o bolívar forte perdeu cinco zeros para dar origem ao bolívar soberano.

“Terminámos com sucesso o processo de reconversão. Podes aceder (à página web) e verificar as tuas contas (…) o grande trabalho da equipa humana do Banco Plaza tornou possível este sucesso”, anunciou o banco na sua conta do Twitter.

Por outro lado, numa outra mensagem, o banuuco explica que “tem os serviços 100% (operacionais) em linha, após reconversão monetária”.

Fundado a 9 de março de 1989, por empresários naturais da Madeira, como banco comercial, em novembro de 2012 foi autorizado pela Superintendência de Bancos e Outras Instituições Financeiras (Sudeban), a funcionar como “banco universal”.

O Banco Plaza conta com 40 agências e escritórios em território venezuelano e em 2017 foi distinguido pela publicação “Global Banking & Finance Review” como o banco privado de mais rápido crescimento na Venezuela.

Segundo a revista venezuelana Banca & Negócios, o Banco Plaza terminou 2017 como o terceiro banco venezuelano, com “maior rentabilidade sobre o património, mostrando um índice de 220,5%”.

A Venezuela passou hoje a ter duas novas unidades monetárias contabilísticas, o bolívar soberano e a cripto moeda petro, no âmbito da reconversão monetária que entrou em vigor e em virtude da qual o presidente Nicolás Maduro decretou um dia feriado.

O bolívar soberano (Bs.S, ou VES sigla oficial internacional) surgiu da reconversão anunciada pelo Presidente Nicolás Maduro, que eliminou cinco zeros ao atual bolívar forte (BSF) e compreende papel-moeda de oito valores diferentes: dois, cinco, dez, 20, 50, 100, 200 e 500 Bs.S) e duas moedas metálicas (de 50 centavos e 1 Bs.S).

Por outro lado, a cripto moeda venezuelana petro passa a ser de uso contabilístico obrigatório para todas as operações da empresa estatal Petróleos da Venezuela SA e o setor petrolífero, e cujo valor equivale a 3.600 bolívares soberanos.

O salário mínimo mensal dos venezuelanos e os preços dos produtos passam a ser afixados com base no valor do petro, que por sua vez está indexado ao valor do preço internacional do barril de crude e estará assente nas reservas de vários recursos naturais, como o petróleo, ouro, diamantes e gás natural.

A Venezuela realizou, nos últimos 20 anos, duas operações de reconversões monetárias.

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