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Banco Montepio com 2,7 mil milhões de euros de crédito em moratória

Sem detalhar o peso no total da carteira, o Banco Montepio diz que concedeu 35 mil moratórias que totalizaram 2,7 mil milhões de euros com referência a 30 de junho de 2021, “evidenciando uma redução de 16% face ao final de 2020”.
30 Julho 2021, 15h35

O Grupo Banco Montepio, “assumindo o seu compromisso social, concedeu 35 mil moratórias que totalizaram 2,7 mil milhões de euros com referência a 30 de junho de 2021, evidenciando uma redução de 16% face ao final de 2020”, revela o banco liderado por Pedro Leitão.

O banco não detalha o peso do crédito em moratória no total da carteira, no comunicado enviado ao mercado. Também não há informação detalhada sobre os segmentos de crédito a que correspondem aquelas moratórias.

O Banco de Portugal divulgou hoje que no final de junho de 2021, o montante global de empréstimos abrangidos por moratórias no sector era de 37,5 mil milhões de euros, menos 1,0 mil milhões do que em maio.

No primeiro semestre de 2021, “o Banco Montepio, de forma a mitigar os efeitos económicos negativos gerados pela pandemia de Covid-19, continuou a apoiar as empresas nacionais, mediante a disponibilização de linhas de crédito com garantia mútua, tendo adicionalmente concedido a extensão do período de carência a cerca de 3.000 operações”, adianta o banco.

Em paralelo, o banco deu continuidade ao plano de dinamização de Linhas de Crédito no âmbito de Protocolos celebrados com o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Europeu de Investimento (FEI), tendo ainda assinado um novo protocolo com o FEI: Linha de Crédito FEI Uncapped, no valor de 150 milhões de euros, que conta com garantia de 70% do FEI.

O Governo aprovou ontem medidas de proteção para famílias e empresas com créditos em moratória bancária, devendo as instituições financeiras avaliar a capacidade dos clientes até 31 de agosto, para apresentar propostas de melhoria das condições dos contratos.

“Foi aprovado o decreto-lei que que visa proteger as famílias com créditos em moratória bancária, passando a beneficiar de uma proteção adicional no âmbito do Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI) e no âmbito do Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento (PERSI)”, refere o comunicado divulgado no final do Conselho de Ministros realizado na quinta-feira.

No caso das empresas, já tinha sido revelado pelo ministro da Economia, Siza Vieira, que o Estado vai garantir 25% do crédito sob moratória às empresas dos setores mais afetados pela pandemia Covid-19, que seja alvo de reestruturação após o final das moratórias, em 30 de setembro.

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