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Banco Mundial alerta Cabo Verde para necessidade de melhorar nível de desembolso

Louise Cord considera que existe em Cabo Verde uma carteira “forte e diversificada” de projetos em andamento, avaliados em cerca de 88 milhões de euros, mas que o país precisa ser “mais rápido” na implementação de alguns, porque isso afeta o nível de desembolso.
12 Fevereiro 2019, 22h12

A diretora de Operações do Banco Mundial (BM) para Cabo Verde, Louise Cord, alertou para o fraco desempenho do país na implementação de alguns projetos, o que tem impedido o desembolso. Neste momento, segundo Louise Cord, o nível de desembolso do banco com sede em Washington D.C. é de apenas 5%, quando deveria ser de 9%.

A chamada de atenção do BM foi feita à margem da reunião de revisão conjunta da carteira de projetos financiados pela entidade bancária, que contou com a presença do vice-primeiro-ministro e ministro das Finanças, Olavo Correia.

Questionada sobre como avalia a implementação do projetos financiados pelo BM,banco m

A instituição bancária internacional refere ainda que é preciso analisar bem os prazos dos contratos e dos projetos para evitar derrapagens, e que isso só é possível se forem “melhorados os níveis de desembolso” que baixaram no ano passado em termos homólogos.

A responsável do BM apontou, por isso, algumas “ações concretas” para que Cabo Verde possa melhorar o desempenho na implementação do portfólio, bem como os níveis de desembolso. Entre as soluções estão a avaliação mensal e o reforço da capacidade nacional em áreas estratégicas.

Avaliando o estado dos projetos financiados pela entidade financeira internacional, Olavo Correia precisou que o Executivo cabo-verdiano está a cumprir com resultados a serem reportados, admitindo, entretanto, a necessidade de se aumentar a velocidade de alguns projetos.

“Basicamente, o que importa hoje é nós analisarmos o futuro, que tem a ver com uma aposta clara no conhecimento, na coletividade do nosso país, mas também no reforço da nossa resiliência”, salientou o governante.

Em relação ao financiamento para reestruturação da TACV, o BM tem sido um “parceiro forte” de Cabo Verde ao nível dos transportes e da conectividade e está a ultimar os processos relativos à privatização da Cabo Verde Airlines, mas também à concessão dos transportes marítimos.

“Nós fizemos um financiamento de 15 milhões de euros, um empréstimo de ponte e vamos agora poder utilizar esses recursos do Banco Mundial para finalizar essa operação”, aponta o titular da pasta das Finanças, que, no entanto, reconhece a necessidade aumentar o nível da implementação dos projetos para que se possa perspetivar a criação de um quadro para que o BM reforce seu apoio a Cabo Verde, conforme o prometido na mesa redonda de Paris, realizado em dezembro do ano passado.

O BM tem projetos em andamento em Cabo Verde em setores como os transportes, turismo, desenvolvimento do setor privado e reforma das empresas do Estado e como novos projetos prioriza a educação e a qualificação dos recursos humanos.

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