O Banco Mundial prevê que a economia de Moçambique cresça 3,3% este ano, abaixo das estimativas do governo (4,1%) e do Fundo Monetário Internacional (FMI, 3,5%).
“Espera-se que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de Moçambique atinja em 2018 uma taxa ligeiramente inferior de 3,3%”, relativamente a 3,7% de 2017 e 3,8% em 2016, refere o documento Atualidade da Economia Moçambicana, apresentado hoje na capital.
O Banco Mundial prevê um crescimento de 3,5% para 2019 e 4,1% para 2020 e pode avançar depois “a um ritmo mais rápido com o desenvolvimento dos projetos de gás natural liquefeito”.
Para já, segundo a instituição, “a economia continua a enfrentar a desaceleração que se seguiu à crise da dívida em 2016”.
A procura privada, “um dos principais impulsionadores de crescimento nos anos anteriores à desaceleração económica, diminuiu significativamente”, justifica.
A retração do consumo reflete “a extensão da redução do poder de compra, sinaliza a incapacidade do setor privado em contribuir para o crescimento”.
O Banco Mundial refere ainda no mesmo documento que há riscos de baixa de preços das principais matérias-primas de exportação (carvão, alumínio e tabaco) e de um aumento das importações, se se confirmar uma retoma do consumo, depois de a retração chegar ao máximo.
O Governo de Moçambique reviu em baixa, no início do mês, a sua estimativa de crescimento deste ano para 4,1% (face aos 5,3% anteriormente previstos), ainda assim acima das previsões do FMI, que antecipa uma expansão económica de 3,5% este ano e de 4% em 2019.
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