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Bancos australianos dizem que têm muito dinheiro

“Há toda essa liquidez a fluir e eu não tenho muita utilização produtiva para ela, porque as pessoas não a querem”, afirma Shayne Elliott, CEO do ANZ Bank.
30 Outubro 2020, 21h04

O sistema bancário australiano tem uma quantidade de dinheiro superior àquela que pode utilizar e mais estará para vir à medida que aumentam as expectativas de que na terça-feira o banco central da Austrália baixe as taxas de juros para quase zero e reforce o programa de compra de títulos.

Segundo a Reuters, estão previstas mais medidas para estimular a procura por crédito, entre as quais o fim das leis de “empréstimo responsável” – normas que se juntam à injeção de milhares de milhões de dólares na economia, ao corte das taxas de juros para níveis recorde e à introdução de um esquema de subsídio salarial.

“Há toda essa liquidez a fluir e eu não tenho muita utilização produtiva para ela, porque as pessoas não a querem”, disse Shayne Elliott, CEO do ANZ Bank, à agência de notícias. “Os grandes bancos estão sobrecarregados com os desafios de lidar com os seus clientes existentes, então têm sido muito mais cautelosos ao emprestar aos novos”, completou o cofundador do Judo Bank, Joseph Healy.

Esta semana o Reserve Bank of Australia (RBA) disse que o seu “melhor palpite” é que a economia australiana ponha fim à recessão em breve e vai cresça no trimestre terminado em setembro. O vice-governador do RBA, Guy Debelle, considera que o confinamento de 12 semanas no estado de Vitória, epicentro da segunda vaga no país, não impedirá a recuperação – restrições essas que foram levantadas na terça-feira.

A Austrália, com uma população de 25 milhões de pessoas, teve mais de 27 mil casos confirmados de Covid-19 desde o início da pandemia e 905 mortes devido à doença causada pelo novo coronavírus.

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