São vários os bancos centrais a realizar reuniões de política monetária esta semana, determinando qual será o rumo das taxas de juro. A Reserva Federal dos EUA (Fed) vai estar no centro das atenções, numa altura em que o mercado espera que a entidade liderada por Jerome Powell acompanhe o movimento de descida dos juros já iniciado pelo Banco Central Europeu (BCE).
“Estamos a entrar numa fase de corte” das taxas de juro, afirma John Bilton, responsável da J.P. Morgan Asset Management, à “CNBC”, referindo que a Fed deverá avançar com uma descida de 25 pontos base após a reunião de dois dias que termina na quarta-feira. Esta perspetiva é partilhada pela maioria dos investidores, ainda que 41% antecipem um corte de 50 pontos base.
O Banco de Inglaterra também já se juntou a este ciclo de descida dos juros, depois de ter cortado as taxas no início de agosto pela primeira vez em quatro anos. Na reunião desta quinta-feira, a expectativas dos 65 economistas inquiridos pela “Reuters” é de que o banco central vai manter as taxas inalteradas, podendo cortar em novembro.
“Temos todos os ingredientes para iniciar um ciclo de cortes bastante prolongado”, diz John Bilton, da J.P. Morgan Asset Management. O BCE começou este movimento no verão, avançando com o primeiro corte em junho e voltando a dar o mesmo passo em setembro. A presidente do BCE, Christine Lagarde, sinalizou que poderá reduzir novamente já em outubro caso a economia da zona euro sofra um grande retrocesso.
No Brasil, o banco central também vai realizar a sua reunião esta quarta-feira. Na quinta-feira será a vez de o banco central da Noruega decidir sobre o rumo da política monetária, tendo já referindo que os juros devem manter-se no nível atual durante algum tempo. O mesmo acontecerá no Japão, com os responsáveis a concluírem as discussões na sexta-feira. Neste caso, a maioria dos investidores espera uma subida das taxas até ao final do ano.
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