Os bancos têm medo de que os sistemas eletrónicos bloqueiem depois de, no próximo ano, ser introduzida a nova regulamentação europeia sobre instrumentos financeiros. Em causa está o impacto da Diretiva dos Mercados de Instrumentos Financeiros da União Europeia (MiFID II) nas plataformas tecnológicas.
Além de muitas instituições ainda estarem a tentar adaptar-se à nova diretiva europeia, as empresas estão também preocupadas com a quantidade de tecnologia que esta requer para absorver as normas que o diploma estabelece, de acordo com a “Bloomberg”. Segundo a agência noticiosa há quem compare com o célebre bug Y2K, o crash eletrónico que se previa ocorrer em todos os sistemas informáticos do mundo na passagem do ano de 1999 para o 2000.
“Muitos desses sistemas vão ser lançados no dia 3 de janeiro – literalmente”, afirmou, em entrevista à “Bloomberg”, Marc Maynard, sócio da empresa de software Excelian, que está a auxiliar projetos de tecnologia MiFID II. Conforme explicou, “existem tantas notícias de última hora na MiFID II que todos [os bancos] estão atrasados”.
O processo de digitalização e de adaptação à nova diretiva europeia MiFID II, que entra em vigor em janeiro, pode custar pelo menos 2.500 milhões de euros, segundo cálculos do Cecabank. Além da adaptação, os novos requisitos relativos a instrumentos financeiros também deverão aumentar os custos para as instituições financeiras da zona euro.
O diretor de serviços associativos, auditorias e recursos do Cecabank, Antonio Romero, explicou em entrevista ao jornal espanhol “Expansíon” que o valor poderá mesmo ser “mais elevado” já que o processo de digitalização das entidades será “muito importante” para cumprir a diretiva.
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