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Bankinter com lucros de 444 milhões no terceiro trimestre

A 30 de setembro de 2019 o Bankinter obtém um resultado líquido de 444,4 milhões de euros, mais 10,1% do que no mesmo período do ano anterior, e um resultado antes de impostos de 587,8 milhões, um crescimento de 6,3%. Em Portugal o crédito concedido a empresas cresce 34%.
30 Outubro 2019, 17h12

O Bankinter alcançou um resultado de 444,4 milhões de euros, um crescimento de 10,1%.

“A 30 de setembro o Grupo Bankinter obtém um resultado líquido de 444,4 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 587,8 milhões de euros, o que traduz aumentos em relação ao ano anterior de 10,1% e 6,3%, respetivamente. Estes resultados incorporam os números do EVO Banco e da sua filial de consumo na Irlanda, a Avantcard, cuja integração no Grupo ocorreu no segundo trimestre do ano”, explica a instituição em comunicado.

Excluindo os efeitos da aquisição do EVO Banco e as suas contas consolidadas, o resultado líquido seria de 412,3 milhões de euros e o resultado antes de impostos de 567,8 milhões de euros, o que significa um crescimento de 2,1% e de 2,7% respetivamente, em base comparada.

O ROE, ou rentabilidade dos capitais próprios, com um valor de 12,64%, “mantém-se como um dos pontos fortes do Grupo Bankinter”.

O Bankinter Portugal tem o crédito concedido e os recursos captados a crescerem a dois dígitos: 14% e 15%, respetivamente. “Destaca-se especialmente a boa evolução da carteira de crédito concedido a empresas, que cresce 34% face há um ano. No final do terceiro trimestre de 2019, o resultado antes de impostos do Bankinter Portugal ascende a 51 milhões de euros, ou seja, 17% acima do valor registado a 30 de setembro de 2018”, explica o  banco.

No que diz respeito à qualidade dos ativos do banco espanhol, o Bankinter mantém a liderança entre os bancos cotados em Espanha. O índice de morosidade situa-se em 2,73%, um valor que há um ano era de 3,20%.

Relativamente à solvência, o rácio de capital CET1 fully loaded registado no final do terceiro trimestre é de 11,57%, um valor superior ao do trimestre passado e “muito acima do requisito mínimo de capital exigido ao Bankinter pelo Banco Central Europeu que, para este ano, foi de 8,20%”.

Quanto à liquidez, o gap comercial (diferença entre o crédito concedido e os recursos de Clientes) reduz para 700 milhões de euros, enquanto que há um ano era de 3.700 milhões de euros, o que faz com que o rácio de depósitos sobre créditos se situe em 99,8%.

“Por último, sublinhe-se que, nos próximos dois exercícios e no que resta do atual, o banco tem previstos vencimentos de apenas 800 milhões de euros. Para fazer face a estes compromissos, o banco conta com ativos líquidos no valor de 14.700 milhões de euros e uma capacidade de emissão de obrigações de 6.000 milhões de euros”, acrescenta o banco.

Apesar de um contexto difícil, o negócio do Bankinter com Clientes continua a gerar receitas, o que se reflete nas diversas rubricas da conta de resultados, que crescem todas em comparação com o mesmo período de 2018. A margem de juros, cresce 7,3% relativamente ao fecho do terceiro trimestre de 2018, para 875,7 milhões de euros. Excluindo a contribuição do EVO Banco, esse crescimento seria de 4,5%.

A margem bruta atinge 1.544,8 milhões de euros, mais 4,9%, com as receitas líquidas provenientes de comissões a totalizarem 346,7 milhões, um crescimento de 4,3%, equivalendo a 22% do total desta margem. Sem contar com o EVO Banco, o crescimento da margem bruta seria de 3,1%.

Por sua vez, o Bankinter termina o terceiro trimestre com uma margem de exploração de 752 milhões de euros, mais 4,3% do que há um ano, sendo mais 7,4% se excluído o EVO. A integração desta entidade leva a um aumento de custos operacionais de 5,4%, embora excluindo os efeitos da aquisição do EVO Banco estes custos diminuam 1%. Por conseguinte, o rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações é de 46,7% sem o EVO Banco e de 48,7%, considerando a integração desta entidade.

Em relação ao balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo, que desde 31 de maio deste ano incluem os negócios do EVO Banco e da Avantcard, totalizam 84.244 milhões de euros, o que representa um crescimento de 10,4% em relação a 30 de setembro de 2018.

O total de crédito a clientes é de 59.353,6 milhões de euros, mais 8,4% do que há um ano. Considerando apenas o negócio em Espanha e excluindo o do EVO Banco, o crescimento foi de 5%, em contraciclo com o setor que, de acordo com os dados de agosto do Banco de Espanha, diminuiu 1%.

Os recursos de Clientes de retalho totalizam 57.140,1 milhões de euros, mais 13,6%, ou mais 7% apenas em Espanha e sem o EVO Banco. Já os recursos fora de balanço atingem um património total de 29.321,9 milhões de euros, mais 2,7% que há um ano.

O Bankinter Consumer Finance, que opera o negócio de consumo do banco, alcançou 1,4 milhões de Clientes, mais 13% do que há um ano. A carteira de crédito totaliza 2.300 milhões de euros, mais 27% que em setembro de 2018. O volume de novos créditos nos primeiros nove meses de 2019 ascende a 622 milhões de euros, mais 37% do que o valor concedido no mesmo período de 2018.

Desde o passado dia 31 de maio que os negócios do EVO Banco e da filial de consumo na Irlanda, a Avantcard, estão integrados no banco.

 

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