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Bankinter com resultado líquido de 309 milhões no semestre

O Bankinter Portugal apresenta um resultado antes de impostos de 35 milhões de euros no primeiro semestre, mais 11% que em junho de 2018.
25 Julho 2019, 10h04

O Bankinter obteve no primeiro semestre um resultado líquido de 309 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 406,9 milhões, com um crescimento em relação ao ano anterior de 18,3% e 13,7%, respectivamente, anunciou o banco espanhol que tem uma operação em Portugal.

Estes resultados já incorporam os números do negócio do EVO Banco e da sua filial de consumo na Irlanda, a Avantcard, cuja integração no Grupo Bankinter ocorreu no passado dia 31 de maio, após receber as autorizações necessárias dos reguladores.

Sem contabilizar o goodwill negativo da operação de compra do EVO, nem os restantes valores dos negócios adquiridos, o resultado seria de 264 milhões de euros, 1,1% mais face a junho de 2018; e um lucro antes de impostos de 367,3 milhões, mais 2,6%.

O negócio do Bankinter Portugal “continua a evidenciar o bom desempenho habitual, o que se manifesta tanto no Crédito como nos Recursos, crescendo ambos 13% no período analisado”.

O Bankinter Portugal apresenta um resultado antes de impostos de 35 milhões de euros, mais 11% que em junho de 2018.

O banco lembra que neste último trimestre foi concluída a operação de compra do EVO Banco e da Avantcard, a sua filial de consumo na Irlanda, cujos negócios já estão incorporados no balanço do Grupo: 1.300 milhões de euros de crédito e 3.200 milhões de euros em recursos.

Apesar do contexto taxas de juro baixas, a margem de juros do Bankinter em temos consolidados alcançou 567,9 milhões de euros em 30 de junho, mais 4,6% que na mesma data de 2018. Excluindo a contribuição do EVO Banco, este crescimento seria de 3,6%.

A margem bruta atinge os 1.004,7 milhões de euros, um aumento de 2,8%, com receitas líquidas provenientes de comissões de 231 milhões, que crescem para 3% e representam 23% do total desta margem. Sem contar com o EVO Banco, o crescimento da margem bruta seria de 2,1%.

Dentro do negócio de Clientes do banco, a Banca de Empresas é a linha que continua a contribuir mais para a margem bruta.

Por sua vez, a margem de exploração fechou o semestre em 490,3 milhões de euros, mais 3,4% do que há um ano; e mais 4,7% sem o EVO.

Os custos operativos crescem 2,1%, mas reduzem-se ligeiramente caso não se tenha em conta o EVO Banco. Este controlo de custos implica uma melhoria no rácio de eficiência da atividade bancária com amortizações, que se situa em 46,4%, quando no final do ano passado era de 46,8%, devido ao facto de ter tido mais receitas.

Entre os pontos fortes do Grupo Bankinter volta a destacar o ROE, ou a rentabilidade sobre capitais próprios, de 12,84%, “valor que continua a colocar a entidade em posições de liderança entre os bancos cotados em Espanha”, avança o comunicado.

A qualidade dos ativos continua a comparar bem com os seus concorrentes A taxa de incumprimento, de 2,71%, encontra-se ainda a uma distância considerável da média do setor.

No que se refere à solvência, o rácio de capital CET1 fully loaded encerrou o semestre em 11,50%, muito acima do capital mínimo exigido ao Bankinter pelo Banco Central Europeu para este ano, que foi de 8,20%.

O vencimento das emissões obrigacionistas para este ano é de 800 milhões de euros, com outros 800 milhões de euros previstos para 2020, se bem que o banco já realizou este ano duas emissões de de dívida sénior, “preferred” e “non preferred”, num valor de 500 e 750 milhões de euros, respetivamente. “Para fazer face a estes vencimentos, o Grupo possui ativos líquidos com um volume de 12.400 milhões de euros e uma capacidade de emissão de obrigações de 7.100 milhões”, assegura o banco.

O Bankinter salienta a melhoria no rating pela Moody’s, que recentemente elevou a notação de crédito de longo prazo atribuído ao banco de “Baa2” para “Baa1”, com perspectiva estável.

No que diz respeito ao balanço do Bankinter, os ativos totais do Grupo, incluindo os negócios do EVO Banco e da Avantcard, ascendem aos 82.764,7 milhões de euros, um aumento de 8,8% em relação a 30 de junho de 2018.

O crédito a Clientes soma um total de 59.223,4 milhões de euros, mais 8,3% do que há um ano. Tendo em conta apenas o negócio em Espanha, e excluindo o EVO Banco, o crescimento foi de 5%, enquanto o setor diminuiu 0,9%, de acordo com dados de maio do Banco de Espanha.

Já os recursos de clientes de retalho alcançam os 55.926,2 milhões de euros, mais 12,1%, ou mais 5% apenas em Espanha e sem o EVO Banco. Quanto aos recursos fora de balanço, somam um património total de 28.861,3 milhões de euros, mais 3,1%.

No que toca ao malparado, o rácio de incumprimento do Grupo é de 2,71%, o que compara com 3,25% de há um ano, uma redução de 54 pontos base. Sendo que o rácio de incumprimento em Espanha é  de 2,68%.

O Bankinter anuncia  uma redução, no período em análise, da carteira de ativos imobiliários adjudicados, que totalizam um valor bruto de 315,5 milhões de euros, menos 18,5% do que há um ano. A cobertura destes ativos é de 45,5%.

A carteira de crédito da Banca de Empresas mantém a tendência de crescimento e atinge um volume de 25.300 milhões de euros, face aos 23.900 milhões de há um ano. “Se considerarmos apenas os valores de Espanha, o volume de crédito empresarial ascende aos 23.700 milhões de euros face aos 22.700 milhões de há um ano, o que representa um crescimento de 4,5%, quando o setor no seu conjunto voltou a reduzir 3,7%, de acordo com dados de maio do Banco de Espanha”, acrescentam.

Deste negócio, 50% corresponde ao segmento de grandes empresas, 27% a empresas médias e os restantes 23% a pequenas empresas.

Há duas áreas que são as principais alavancas para o crescimento do negócio de Empresas do Bankinter: a Banca Internacional e a Banca de Investimento. “As duas áreas mostram uma evolução positiva tanto em crédito – mais 23% e 15% do que há um ano, respetivamente – como na margem bruta – um aumento de 15% e 18%, respetivamente”, refere o comunicado.

Em relação à linha de negócios da Banca Comercial, dirigida a particulares, destaca-se, passado mais um trimestre, o comportamento da Banca Privada e da Banca Personal, negócios que agrupam Clientes com maior património e onde o Bankinter tem uma importante quota no mercado espanhol.

O património sob gestão da Banca Privada ascende a 38.200 milhões de euros, mais 4% do que no final de junho de 2018. Nos primeiros seis meses de 2019 o crescimento foi de 2.500 milhões de euros. Por outro lado, na Banca Personal, o volume sob gestão aumentou 5% para 23.000 milhões de euros, com um crescimento neste primeiro semestre de 1.400 milhões de euros.

No que se refere ao crédito hipotecário, em Espanha, a nova produção do semestre ascende a 1.420 milhões de euros, o que representa um aumento de 10% em relação ao alcançado no mesmo período de 2018, ou seja, uma quota de mercado de 5,9% em novas operações. O Loan to Value destas novas hipotecas é de 64%.

No que respeita ao negócio de crédito ao consumo, operado através do Bankinter Consumer Finance, atingiu os 2.200 milhões de euros, mais 28% que há um ano, com uma nova produção no semestre de 405 milhões de euros, 35% superior à do primeiro semestre de 2018. Em relação à carteira de clientes, ascende a 1,4 milhões, mais 15%.

Por fim, quanto ao grau de digitalização dos Clientes do Bankinter, destaque para o facto de 97% dos Clientes utilizarem o telemóvel, PC ou tablet para se relacionarem com o banco, seja em exclusividade ou em combinação com outros canais.

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