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Bankinter Portugal cresce 21% no crédito às empresas

O banco espanhol que tem uma sucursal em Portugal teve em 2017 lucros de 495 milhões de euros +1% do que em 2016, mas se não fosse a atividade em Portugal teria subido os lucros em 20%.
25 Janeiro 2018, 09h27

Bankinter Portugal aumentou o crédito concedido às empresas em 21% num ano, anunciou o banco na sua apresentação de resultados em Madrid. Essa aposta tem um “preço” em termos de rácio de crédito vencido. A taxa do crédito em mora do Bankinter consolidado é de 3,45%, -56 pbs do que um ano antes, o que compara bem com os seus pares espanhóis. Mas se não fosse a atividade em Portugal ainda seria melhor, seria de 3,06%.

No entanto, apesar da subida do crédito a empresas em Portugal, o rácio de malparado caiu face a 2016, altura em que era de 3,56%, ajudando a melhorar o rácio consolidado.

“A Banca de Empresas continua a realizar a maior contribuição para a margem bruta do Banco, com 30%. Tal como vem acontecendo nos últimos anos, o Bankinter voltou a aumentar a sua carteira de crédito a empresas, até atingir os 22.900 milhões de euros, mais 5,2% que no ano anterior”, explica o comunicado. Considerando apenas Espanha o crescimento da carteira foi de 4,5%, enquanto o sector reduziu o volume de crédito a empresas neste país em 3,4%, segundo dados de novembro, refere a instituição. O Banco captou 18.600 novos Clientes Empresariais durante o ano, mais 6% que em 2016.

 “Destaca-se também na Banca de Empresas a boa evolução das receitas provenientes do negócio internacional, com uma margem bruta nesta atividade a crescer 18,4% face ao mesmo período de 2016″, acrescenta a nota de imprensa.

O banco espanhol que tem uma sucursal em Portugal depois de ter comprado a atividade do Barclays, teve em 2017 lucros de 495 milhões de euros +1% do que em 2016, mas se não fosse a atividade em Portugal teria subido os lucros em 20%.

Mas em compensação Portugal deu uma forte ajuda à subida da margem financeira. No consolidado ficou nos 1.851 milhões de euros +8% do que em 2016, sem Portugal esse crescimento teria ficado nos +6%.

A atividade em Portugal “cresce em todas as linhas seguindo o plano de negócio previsto e, no primeiro exercício completo em que os seus resultados são consolidados, representa já um contributo de 7% para as receitas do Grupo”, avança a instituição.

O crédito concedido atinge no final de 2017 os 4.800 milhões de euros, mais 6% que há um ano, “com um crescimento especialmente significativo no crédito a empresas, que cresce 21%. Os recursos de clientes mantêm-se a um nível similar ao de há um ano e totalizam 3.600 milhões de euros, enquanto nos recursos fora de balanço (fundos de investimentos e unit linked) o crescimento é de 25%”, diz o banco.

Assim, a margem bruta do Bankinter Portugal atingiu a 31 de dezembro de 2017 os 133 milhões de euros e um resultado antes de impostos de 31,4 milhões de euros, “confirmando a contribuição positiva da operação em Portugal para os resultados do Grupo”, diz o Bankinter.

O custos operacionais consolidados somam 944,5 milhões  (+4,7% do que em 2016), com a “ajuda” do aumento de custos em Portugal (+24,7%), sem isso os custos do Bankinter teriam subido, mas apenas 3%. Os custos em Portugal sobem porque comparam 12 meses em 2017 com 9 meses em 2016.

Mas o rácio de eficiência melhorou de 48,6% para 46,8%, num ano.

O Bankinter em Espanha conclui 2017 na liderança em termos de rentabilidade, com um ROE, ou rentabilidade sobre o capital investido, de 12,6% , +1,8 pp do que um ano antes e continua a ser a mais elevada entre os Bancos cotados de Espanha.

No que se refere à solvência, o Bankinter conclui dezembro com um rácio de capital CET1 fully loaded de 11,46%, e de 11,83% em CET1 phased-in, 6 pontos base mais que em 2016 e acima das exigências do BCE aplicáveis em 2018 para o Bankinter, que se situam nos 7,125%,” as mais baixas da banca espanhola”.

 Em relação à estrutura de financiamento, o gap de liquidez da entidade reduziu em 200 milhões de euros no ano, situando-se nos 5.200 milhões no final de 2017.

O rácio de depósitos sobre créditos atinge os 90,6%, 20 pontos base mais do que há um ano.

 

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