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Bankinter: preço justo na OPA chinesa à EDP seria de 3,42 euros por ação

“Extremamente baixo” e um ‘floor’, é assim que o Bankinter descreve o preço de 3,26 euros por ação proposto pelos chineses da CTG para comprar a EDP. O banco recomenda aos acionistas não venderem a esse preço, pois deverão surgir ofertas concorrentes da Europa.
14 Maio 2018, 10h55

O preço oferecido pela China Three Gorges (CTG) na Oferta Pública de Aquisição à EDP “extremamente baixo”, segundo o Bankinter, que aconselha os acionistas a não vender as ações a 3,26 euros cada, pois um preço justo seria de 3,42 euros.”

O banco manteve a recomendação de ‘comprar’ e aconselhou os clientes a não vender com base em dois argumentos.

“O preço oferecido pela CTG é extremamente baixo e não representa um prémio adequado para um acionista que pretende obter controlo da empresa (4,8%). Pensamos que um prémio justo seria, no mínimo, 10%, o que implicaria um preço por ação de 3,42 euros”, afirmou João Pisco, analista financeiro e de mercados do banco, numa nota de análise.

Antes do anúncio da OPA chinesa na sexta-feira, as ações da EDP tinham fechado nos 3,11 euros. Esta segunda-feira o titulo está a disparar 11,61% para 3,471 euros, um máximo intraday de outubro de 2015.

“Acreditamos que este movimento dos chineses irá despoletar o lançamento de OPAs concorrentes, a um preço superior, muito provavelmente por parte de um dos já conhecidos interessado: Gas Natural (espanhola), Enel (italiana) ou Engie (francesa). Para estas empresas, além de “lutarem” contra um preço bastante baixo oferecido pelos chineses, têm agora algum conforto, depois das declarações de António Costa, de que o Governo poderá não se opor, ao contrário do que temiam”, acresentou.

O banco adiantou que os 3,26 euros por ação oferecidos pela CTG representam um “floor para a cotação da empresa”.

“A elevada exposição do grupo ao negócio das energias renováveis (74% da capacidade instalada) assim como a sua diversificação geográfica são fatores que têm chamado a atenção das empresas do setor e que tornam a EDP num alvo natural de aquisição”, concluiu.

Segundo o Bankinter, a OPA trata-se de uma estratégia de antecipação por parte da CTG, que “teme” uma hipotética oferta por parte de um player europeu, numa altura em que o setor está em pleno processo de consolidação e a EDP tem sido apontada como um dos alvos mais interessantes.

 

 

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