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Bastonária da Ordem dos Enfermeiros diz que OE não prevê verbas para estes profissionais

“Olhamos para o Orçamento do Estado e não vemos lá nenhum acréscimo ou nenhum dinheiro para atribuir a estes profissionais”, cuja profissão é de “desgaste rápido”, recordou a representante dos enfermeiros, Ana Rita Cavaco.
  • Foto: Cristina Bernardo
21 Outubro 2020, 17h10

A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, considera que a versão preliminar do Orçamento do Estado para 2021 (OE2021) não prevê verbas a atribuir a estes profissionais.

Em declarações aos jornalistas, depois de uma reunião com o Presidente da República, Ana Rita Cavaco explicou que existe uma “ausência de estratégia para os enfermeiros” que estão “absolutamente cansados, desmotivados, um bocadinho fartos de promessas vãs”. “Olhamos para o Orçamento do Estado e não vemos lá nenhum acréscimo ou nenhum dinheiro para atribuir a estes profissionais”, cuja profissão é de “desgaste rápido”, disse a representante dos enfermeiros.

Quanto à proposta dos alunos de enfermagem participarem no rastreio da Covid-19, Ana Rita Cavaco disse que “não faz sentido não haver uma estratégia, foi isso que nos explicamos ao senhor Presidente, que o plano de outono inverno é efetivamente bom no papel já tínhamos dito isso, mas neste momento falta a operacionalização”.

“Nós tivemos oito meses para preparar todas estas medidas, tudo aquilo que está a acontecer agora no dia-a-dia nomeadamente nos centros de saúde estarem sem vacinas quando começou a época de vacinação contra a gripe, aliás as três Ordens estão a fazer uma campanha de comunicação”, recordou a bastonária da Ordem dos Enfermeiros que acredita que “não basta o governo dizer que há vacinas para todos”.

“Depois, todos ontem vimos que efetivamente as vacinas que chegaram aos centros de saúde não chegam, já foram gastas e não têm previsão de entrega e aquilo que é uma ausência de estratégia”, afirmou Ana Rita Cavaco.

Outras questões que estão por corrigir, remetem para a idade de reforma e para a progressão na carreira. “Os enfermeiros nunca tiveram atribuição dos pontos, nunca tiveram o descongelamento da sua carreira e sobretudo a Ordem desde o início tem estado a ajudar a enviar dados”, lembrou Ana Rita Cavaco.

Sobre a resposta de Marcelo Rebelo de Sousa, a bastonária da Ordem dos Enfermeiros referiu que o chefe de Estado “disse que era importante revisitar todas estas questões que sabe que já não é a primeira vez que são aqui faldas e que de facto são mto importantes e falou no importante papel da especialização em enfermagem”.

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