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BBVA Portugal garante 400 postos de trabalho, diz sindicato

Instituição em Portugal foi transformada em sucursal, mas não se perspetiva uma redução de postos de trabalho num futuro próximo. A garantia foi dada pela administração do banco ao Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI).
  • Susana Vera/Reuters
18 Fevereiro 2018, 09h00

O BBVA Portugal vai passar de filial a sucursal de Espanha não terá consequências no número de efetivos nem nas condições de trabalho. A garantia foi dada ao Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) pela administração do banco espanhol. Em causa estão cerca de 400 trabalhadores em Portugal.

Segundo o sindicato liderado por Rui Riso, perante as preocupações dos trabalhadores devido à alteração de estatuto da instituição em Portugal – que de banco foi transformada em sucursal – o sindicato reuniu-se com a administração dia 9 de fevereiro.

“O objetivo da reunião foi esclarecer a situação dos trabalhadores face à mudança verificada”, esclarece o SBSI, dando conta de que a administração do BBVA “assegurou” a  este sindicado vertical da Federação Nacional do Sector Financeiro (Febase) que “a reestruturação já foi concretizada, pelo que não está prevista qualquer alteração ao nível do emprego”. Ou seja, garante o SBSI, não se perspetiva uma redução de postos de trabalho num futuro próximo.

“Foi igualmente garantido que a sucursal em Portugal não tem qualquer pretensão de fazer alterações no que se refere às condições de trabalho ou contratuais”, acrescenta o SBSI, dando conta de que o sindicato vai manter-se “atento à situação”.

Recorde-se que no início deste ano foi anunciado que os clientes do BBVA deixam de ser clientes de um banco de direito português e passam a clientes da sucursal de um banco espanhol.

Portugal continua a ser um mercado “importante”

De acordo com o grupo espanhol, Portugal  continua a ser “um mercado muito importante” e o objetivo é dar à operação maior capacidade de gestão. A palavra de ordem é “assegurar a sua sustentabilidade e a solidez do seu negócio no país”.

“O BBVA dá mais um passo na sua estratégia de transformação e inicia o processo de absorção da sua filial portuguesa (…). Uma vez concretizada esta fusão, o BBVA vai dotar a sua estrutura de maior eficiência e agilidade, pondo a tecnologia ao serviço das pessoas e melhorando a oferta de valor aos clientes, aproveitando o ‘rating’ [avaliação] do grupo”, refere a informação publicada, em janeiro, na página do banco do grupo espanhol na internet.

O grupo espanhol refere quer “continuar a crescer com os seus clientes em Portugal com uma maior eficiência de gestão, ganhando competitividade comercial e melhorando a qualidade de serviço”.

Para o BBVA, esta fusão irá permitir à operação em Portugal “dispor das melhores capacidades de gestão” e com um “acesso mais ágil às suas plataformas e soluções tecnológicas”.

O modelo de negócios do BBVA em Portugal assenta, atualmente, no segmento da banca de empresas e de clientes particulares ‘premium’ (com rendimentos mais elevados), apostando na expansão digital do negócio.

O BBVA, que está em Portugal há 26 anos, concluiu em 2015 um processo de reestruturação em Portugal, com saídas de centenas de trabalhadores e fecho de agências, motivado pelos prejuízos então acumulados.

O espanhol BBVA terminou o ano de 2017 com uma subida de 1,3% nos lucros, fixando-se nos 3.519 milhões de euros.

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