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BCE divulga versão pública da avaliação ao Banco Popular

O Banco Central Europeu (BCE) publicou esta terça-feira a avaliação que ao Banco Popular e que levou à sua resolução e posterior venda ao Santander. A versão conhecida hoje não expõe as matérias confidenciais do documento, como é o caso das conversas entre o supervisor e o banco espanhol a 6 de junho, quando o […]
15 Agosto 2017, 12h46

O Banco Central Europeu (BCE) publicou esta terça-feira a avaliação que ao Banco Popular e que levou à sua resolução e posterior venda ao Santander. A versão conhecida hoje não expõe as matérias confidenciais do documento, como é o caso das conversas entre o supervisor e o banco espanhol a 6 de junho, quando o Popular reconheceu a sua inviabilidade.

“Mesmo com a provisão de liquidez de emergência, a atual situação de liquidez não é suficiente para garantir a capacidade da entidade supervisionada para cumprir com as suas responsabilidades no decorrer do dia 7 de junho”, refere o documento do BCE, datado de 6 de junho e citado pelo jornal espanhol El Economista.

A instituição liderada por Mario Draghi fez uma revista geral à situação do Popular, que sofreu uma fuga aos depósitos de 9.300 milhões de euros entre os meses de abril e maio e concluiu que houve uma “cobertura negativa nos meios de comunicação social” em relação às especulações sobre a renúncia de alguns dos administradores e os prejuízos registados em 2016 e no primeiro trimestre deste ano.

A avaliação do BCE faz ainda referência às declarações do então presidente da entidade bancária insolvente, Emilio Saracho, face à necessidade de ampliar capital ou avançar para uma operação societária. Além disso, o regulador considera que as medidas implementadas para gerar liquidez foram insuficientes para remediar a situação e que a agência de notação financeira DBRS baixou o rating do Popular devido às “preocupações significativas” dos clientes.

O Banco Santander anunciou a 7 de junho a aquisição de 100% do Banco Popular por um euro, sendo que o supervisor europeu aprovou o negócio no início do mês de agosto.

“A decisão tomada salvaguarda os depositantes e as funções críticas do Banco Popular. Isto mostra que os instrumentos dados às autoridades de supervisão depois da crise são efectivas para evitar o uso do dinheiro dos contribuintes no resgate a bancos”, afirmou Elke König, presidente do Conselho Único de Resolução, na altura em que veio a público a aquisição.

A compra fez com que o português Santander Totta passasse a deter uma quota de mercado de cerca de 17%, tornando-se o banco privado em Portugal com mais ativos e crédito.

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