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BCE prepara-se para definir metas e prazos para introduzir euro digital

O euro digital é uma moeda digital semelhante ao dinheiro que é armazenado ou trocado através de sistemas ‘online’ (criptomoedas), sendo que no caso do euro seria gerida pelo banco central conferindo-lhe níveis mais baixos de volatilidade.
8 Julho 2021, 18h57

O governador do Banco de Espanha, Pablo Hernández de Cos, afirmou que nas próximas semanas o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) vai definir os objetivos e prazos para um projeto formal sobre o euro digital, escreve a imprensa espanhola.

O euro digital é uma moeda digital semelhante ao dinheiro que é armazenado ou trocado através de sistemas ‘online’ (criptomoedas), sendo que no caso do euro seria gerida pelo banco central conferindo-lhe níveis mais baixos de volatilidade.

“Esta será uma decisão crítica e estratégica que moldará o futuro do euro digital. Será uma decisão com profundas implicações que podem potencialmente estender-se além do domínio da banca central e das finanças para impactar na dinâmica de digitalização da sociedade em geral”, afirmou Hernandéz de Cos durante a sua intervenção no” DigitalES Summit 2021″, citado pelo jornal “El Diário”.

O governador explicou que o Banco de Espanha, enquanto membro do Eurosistema, está a contribuir ativamente para o desenvolvimento de um projeto que pode ser fundamental para configurar um sistema financeiro europeu eficiente em sintonia com a digitalização crescente da sociedade.

Um euro digital continuaria a ser um euro, tal como as notas de euro, mas em formato digital. Será uma forma eletrónica de moeda emitida pelo Eurosistema (o BCE e os bancos centrais nacionais) e acessível a todos os cidadãos e empresas.

O governador do Banco de Espanha também lembrou que o euro digital é concebido como uma ferramenta para estimular a inovação e atuar como um catalisador da competitividade e do crescimento. Espera-se também que seja um apoio essencial para salvaguardar a soberania monetária e para ajudar a aumentar o papel estrangeiro da moeda e a capacidade de influência fora da área do euro.

Hernández de Cos esclareceu que o euro digital não pretende “substituir o dinheiro físico ou os depósitos bancários, mas sim complementá-los”, ampliando a oferta de meios de pagamento. A este respeito, frisou que seria uma terceira variante de moeda emitida diretamente pelo banco central, mas teria uma representação digital, que poderia ser utilizada em uma ampla gama de operações remotas que não são possíveis com o dinheiro.

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