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BCP apresenta programa de compensação dos trabalhadores aos sindicatos e comissão de trabalhadores

Na AG de 22 de maio, anunciada pelo Chairman Nuno Amado, haverá a lugar à votação de um programa de compensação dos trabalhadores e também à eleição do 17º administrador.
22 Fevereiro 2019, 00h02

Miguel Maya, na divulgação de resultados, anunciou que, relativamente à compensação extraordinária dos trabalhadores, que está relacionada com os salários que os trabalhadores do BCP deixaram de receber “num determinado período muito difícil da vida do banco”, apresentou e discutiu uma proposta com o Conselho de Administração.

“A única coisa que posso dizer é que ainda nesta quinta-feira apresentei ao Conselho de Administração uma proposta para este tema ser tratado na próxima assembleia-geral de 22 de maio”, anunciou o CEO do BCP.

Desde 2014 que os trabalhadores do BCP com remunerações acima de 1.000 euros brutos mensais têm os salários cortados (entre 3% e 11%) no âmbito do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia, depois de o Estado ter emprestado 3.000 milhões de euros ao banco em 2012 para se capitalizar. O fim dos cortes salariais acabou em julho de 2017, tendo então o banco dito que permitiram salvar 400 postos de trabalho.

Então, a administração executiva do banco prometeu que, quando a instituição financeira regressasse a lucros atribuíveis aos acionistas, iria propor em assembleia-geral a reposição do valor cortado.

Em julho do ano passado, Miguel Maya estimou o valor cortado em salários entre 30 e 40 milhões de euros.

A Comissão Executiva “assumiu um compromisso com os trabalhadores”, admitiu.

“Vamos cumprir dentro de um determinado programa e esse programa foi apresentado hoje ao Conselho que é a quem compete elaborar uma proposta para levar à AG para ser aprovada pelos acionistas”, disse Miguel Maya.

O CEO admitiu que vai levar esse programa, em breve, aos sindicatos e à comissão de trabalhadores.

Ainda na conferência de imprensa de hoje, Maya anunciou que também já convocou os sindicatos para começar a “trabalhar no acordo de empresa” com vista a fazer alterações à tabela salarial.

Ainda na conferência de imprensa, Miguel Maya anunciou o novo CEO do Activo Bank, é Ricardo Campos que vem da Polónia.

Sobre a falta ainda de um administrador no BCP, depois de Norberto Rosa, perante a possibilidade de chumbo pelo BCE, ter desistido do registo para a função do administrador não executivo, Nuno Amado, chairman do banco, respondeu que “haverá lugar à eleição na AG de um 17º administrador”.

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