[weglot_switcher]

BCP atinge lucros de 90 milhões de euros do primeiro semestre

O banco liderado por Nuno Amado salientou a descida drástica das novas entradas em crédito malparado que passou de 392 milhões de euros no primeiro semestre do ano passado para 37 milhões em junho deste ano.
  • Cristina Bernardo
27 Julho 2017, 18h00

O BCP apresentou lucros de 89,9 milhões de euros no primeiro semestre de 2017, um resultado que contrasta com os prejuízos de 197,3 milhões de euros registado no mesmo período do ano passado.

Estes resultado líquido do BCP surpreendeu os analistas e ficou acima das previsões.

O ROE foi de 3,3%, ainda longe da meta para 2018 que é de cerca de 10%.

O BCP beneficiou da expansão contínua do resultado core, que se cifrou em 558,6 milhões no 1.º semestre de 2017, comparando com 437,1 milhões no mesmo período de 2016 e da redução muito significativa dos NPEs (-721 milhões de euros).

O crédito em risco (NPEs) em Portugal desce para 7,8 mil milhões em 30 de junho de 2017, com ritmo muito elevado de redução desde 2013: média de 1,4 mil milhões por ano. O banco tem uma cobertura de NPEs de 105%.

A descida dos créditos vencidos a mais de 90 dias para 4,6 mil milhões em 30 de junho de 2017, com redução significativa das entradas líquidas no 1.º semestre de 2017, foi destacado na apresentação de resultados.

O ponto fraco do banco continua a ser o custo do risco que está nos 118 pontos base (1,18%), ainda assim muito melhor do que no semestre homólogo do ano anterior (2,34%), mas o banco tem uma meta de reduzir este indicador para abaixo de 0,75% em 2018.

O banco liderado por Nuno Amado salientou a descida drástica das novas entradas em crédito malparado  (NPL) que passou de 392 milhões de euros no primeiro semestre do ano passado para 37 milhões em junho deste ano.

Nuno Amado salientou a alteração estrutural da carteira de crédito a empresas nos últimos anos, com crescimento do peso das indústrias exportadoras, por contrapartida da descida dos pesos da construção e atividades imobiliárias e das SGPS não financeiras.

A atividade de crédito tem, nas palavras de Nuno Amado, uma “performance muito favorável, tanto nos particulares (crescimento de 20,1% na nova produção face ao semestre de 2016), como nas empresas (nova produção de leasing: subiu 43,3%; e a faturação tomada aumentou 32,8%)”.

Resultados operacionais (antes imparidades e provisões) subiram 4% para 598,6 milhões de euros, o que inclui os outros proveitos de exploração influenciados pelas maiores contribuições obrigatórias e por ganhos na transação Visa no 1º semestre de 2016 (91 milhões).

Ao nível do produto bancário, a margem financeira impulsionada foi pela continuação da redução do custo dos depósitos e pelo reembolso dos CoCos. O primeiro item aumentou +12,9% num ano para 678,5 milhões de euros. As comissões subiram +3,1%.

O BCP é um dos bancos mais eficientes da zona euro, com rácio cost to core income de 45% e de cost-to-income de 43%.

O banco anunciou ainda o seu rácio de capital core.  Em termos de rácio CET1 foi e 13% (phasing in) e 11,3% (fully loaded).

(atualizado)

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.