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BCP dispara 8% e anima bolsa de Lisboa. Juros da dívida soberana agravam

O índice da banca disparou na Europa (+2,2%), e o BCP foi à boleia e disparou mais de 8%. O sector bancário foi animado pela subida das ‘yields’ de dívida soberana.
  • Kai Pfaffenbach/Reuters
23 Setembro 2021, 17h27

As bolsas europeias encerram maioritariamente em alta pelo terceiro dia consecutivo, com os ganhos a serem transversais a todos os sectores no universo Stoxx600. As exceções couberam à Bolsa de Londres, onde o FTSE 100 recuou 0,071% para 7.078,35 pontos, à bolsa grega e à bolsa polaca que fecharam em queda.

O índice nacional foi um dos destaques da sessão desta quinta-feira (+1,29% para 5.457,53 pontos), impulsionado pela subida do BCP (+8,26% para 0,1415 euros), que aproveitou o ambiente positivo da Banca (+2,2%), sector que foi animado pela subida das yields de dívida soberana, segundo explicou na sua análise, Ramiro Loureiro, analista do Millennium BCP.

É destacar que o banco liderado por Miguel Maya recebeu ainda uma recomendação de compra por parte do CaixaBank BPI, que elevou o preço-alvo de 0,17 euros para 0,18 euros por ação.

Na bolsa de Lisboa, as ações da Corticeira Amorim (+2,25% para 11,82 euros) e as da Semapa (+2,53% para 12,14 euros); e da Galp (+1,39% para 8,91 euros) destacaram-se também nas subidas. Assim como as ações da Sonae que avançaram +1,71% para 0,9240 euros.

As ações da Ramada ganharam +1,71% para 5,96 euros.

Dos seis títulos em queda, destacaram-se a Ibersol (-1,40% para 5,62 euros) e a Novabase (-0,81% para 4,88 euros).

Na Europa, o EuroStoxx 50 subiu 1,07% para 4.194,5 pontos. O CAC 40 subiu +0,98% para 6.702 pontos; o DAX ganhou 0,88% para 15.644 pontos; o FTSE MIB avançou +1,41% para 26.081,1 pontos; e o IBEX fechou em alta de 0,81% para 8.879,5 pontos.

Ao nível macroeconómico, os dados preliminares de atividade na indústria e serviços na Zona Euro anteciparam uma desaceleração do ritmo de expansão em setembro, arrastados pela travagem mais brusca na Alemanha.

“No plano macroeconómico os dados preliminares de atividade na indústria e serviços na Zona Euro e EUA anteciparam uma desaceleração do ritmo de expansão em setembro, castigada pelos constrangimentos na cadeia de fornecimento e pela escassez de mão-de-obra , mas os investidores não perderam o otimismo com as revelações”, refere o analista de mercados do Millennium investment banking.

Investidores demonstram-se ainda animados no rescaldo das comunicações de política monetária da Fed nos EUA. O Banco Central dos EUA admitiu a possibilidade de iniciar a redução do programa de compra de ativos a partir de novembro e concluir o processo em meados de 2022, referindo também que a subida de taxas de juro não se iria iniciar até ao final do tapering.

O euro avança 0,44% para 1,1739 dólares.

O mercado de dívida soberana regista um subida dos juros da Alemanha, a 10 anos, de 6,56 pontos base para -0,26%. Portugal também vê os juros agravarem 6,26 pontos base para 0,27%. Idem para Espanha que tem os juros a subirem 6,27 pontos base para 0,37% e Itália que vê os juros soberanos agravarem 5,65 pontos base para 0,72%.

O petróleo Brent em Londres sobe 1,19% para 77,10 dólares.

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