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BCP dispara à custa do BCE. Bolsas da Europa fecham no verde

O mercado nacional encerrou em alta, favorecido pela performance das praças europeias. O BCE marcou o dia e impulsionou a banca. A nível macroeconómico, o índice IFO na Alemanha confirmou a sua previsão de crescimento de 1,10% para a economia alemã, tendo revisto em alta a estimativa para 2021 de 1,40% para 1,50%.
12 Dezembro 2019, 17h42

A banca disparou na bolsa após a comunicação do BCE. O Banco Central Europeu disse que espera que as taxas de juro se mantenham nos níveis mínimos atuais ou até inferiores até que a inflação se aproxime de forma robusta dos 2%.

Na primeira reunião de taxas de juro liderada por Christine Lagarde, esta quinta-feira, foi anunciado que a taxa de juro de referência da zona euro mantêm-se nos 0% e o rtimo mensal do programa de compras de dívida pública e outros ativos, no valor de 20 mil milhões de euros por mês.

Por cá as ações do BCP fecharam a valorizar 3,28% para 0,1983 euros. O BCP beneficiou do comportamento do respetivo setor, que hoje foi impulsionado pelas declarações do Presidente do Conselho de Supervisão do BCE.

Segundo a análise da Mtrader (BCP), “o setor da Banca europeia (+2,3%) mostrou-se muito motivado após o discurso de Lagarde, uma vez que a responsável referiu que a economia terá estabilizado e até elevou as projeções económicas para 2019. Quem aproveitou este ambiente foi o BCP, que disparou mais de 3% e liderou os ganhos no PSI20”.

A Galp (+1,23% para 14,450 euros), a Altri (+1,65% para 5,845 euros) e a NOS (+1,57% para 5,06 euros, foram outras três ações a registar ganhos consideráveis.

A Ibersol disparou +2,90% e a Sonae Capital também (+2,22%).

A EDP e a EDP Renováveis fecharam  em sentidos opostos (com a EDP a cair 0,24% e a EDPR a subir 0,20%), no dia em que foi noticiado que o Banco Europeu de Investimento (BEI) vai conceder 45 milhões à Eólica da Linha, integralmente detida pela EDP Renováveis, para a construção de três parques eólicos em Portugal.

A outra ação em queda no PSI-20 foi a dos CTT que perdeu 0,24% para 3,276 euros.

A proximidade de acordo EUA China deu um ânimo adicional aos mercados, diz o analista do BCP, Ramiro Loureiro.

As praças europeias fecham em alta, depois do presidente Donald Trump afirmar que o acordo entre EUA e China está perto de acontecer.  Os investidores esperam agora pelo resultado das eleições do Reino Unido e pelo comunicado de sábado à noite apelidado de “eleventh hour” onde se prevê que seja comunicado o acordo fase 1 entre os dois países, acrescenta o analista da Mtrader.

O EuroStoxx 50 subiu 0,51% para 3.706,35 pontos.

Na área empresarial destaque vai para a Tullow Oil (+15,19%), que continua a recuperar após o tombo superior a 70% a 9 de dezembro, tendo ganho mais de 50% nas últimas três sessões, acrescenta a nota da Mtrader.

O FTSE 100 subiu 0,79% para 7.273,47 pontos; o CAC avançou 0,40% para 5.884,26 pontos; o Dax ganhou 0,57% para 13.221,6 pontos; o FTSE MIB disparou 1,02% para 23.390,9 pontos e o IBEX valorizou 0,81% para 9.468,5 pontos.

O petróelo está a disparar também com o Brent em Londres a ganhar 1,19% para 64,48 dólares, numa altura em que o crude West Texas disparou 1,14% para 59,43 pontos.

No mercado de dívida soberana, a Alemanha tem os juros a agravarem no dia 5,2 pontos base para -0,269% no dia em que o índice IFO na Alemanha confirmou a sua previsão de crescimento de 1,10% para a economia alemã, tendo revisto em alta a estimativa para 2021 de 1,40% para 1,50%.

A dívida portuguesa também sobe 4,5 pontos base para 0,402% e a dívida espanhola agrava 3,7 pontos base para 0,45%. A dívida italiana segue o mesmo caminho e sobe 2,9 pontos base para 1,233%.

O euro cai 0,14% para 1,1114 dólares.

 

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