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BCP e CTT penalizam bolsa de Lisboa. Itália preocupa mercados europeus

Após representantes dos partidos Movimento 5 Estrelas e Liga, que estão a tentar formar governo no país, terem defendido um perdão de dívida em 250 mil milhões de euros, os juros da dívida dispararam para 2,069% e arrastaram outros países periféricos.
  • Reuters
16 Maio 2018, 13h21

A Bolsa de Lisboa negoceia às 12h30 desta quarta-feira em terreno negativo, com as fortes valorizações das papeleiras a não chegarem para compensar os tombos dos CTT e BCP. Na Europa, o foco está, no entanto, em Itália. A hipótese de uma renegociação da dívida do país, levantada por alguns partidos, levou a uma subida dos juros soberanos e a uma queda da bolsa italiana.

O PSI 20 recua 0,06% para 5.696,02 pontos, com 10 cotadas no ‘vermelho’. Os CTT lideram as perdas, a tombar 10,67% para 2,896 euros por ação, a corrigir do pagamento do dividendo.

Destacam-se ainda as perdas do BCP (2,03% para 0,2805 euros) e da Pharol (1,69% para 0,261 euros). Após dois dias de valorizações em reação à oferta pública de aquisição lançada pela China Three Gorges, o grupo EDP cedeu. A EDP desliza 0,06% para 3,438 euros por ação, enquanto a EDP Renováveis recua 0,25% para 8,055 euros.

Ainda na energia, a Galp perde 0,29% para 17,030 euros, num dia de desvalorização do preço do petróleo. O crude WTI recua 0,43% para 71,00 dólares por barril, enquanto o brent cai 0,83% para 77,78 dólares.

Papeleiras em máximos travam perdas do PSI 20

O setor do papel e pasta de papel continua a ser o grande vencedor na Bolsa de Lisboa, após a imprensa brasileira ter noticiado um acordo assinado entre a Asia Pacific Resources International (APRIL) e a Lwarcel, para a compra de uma fábrica de pasta em Lençóis Paulista.

A Lwarcel está à procura de um parceiro industrial e tanto a Altri como a Navigator serão apontadas como hipóteses. A Altri avança 8,1% para 7,210 euros, a Semapa sobe 3,62% para 20,350 euros e a Navigator ganha 2,39% para 5,365 euros.

Ainda em terreno positivo negoceiam a F. Ramada (1,57%), a Mota-Engil (0,71%), a Jerónimo Martins (0,69%) e a Sonae (0,44%).

Renegociação da dívida italiana penaliza a Europa

Na Europa, o destaque está em Itália, após representantes dos partidos Movimento 5 Estrelas e Liga, que estão a tentar formar governo no país, terem defendido um perdão de dívida em 250 mil milhões de euros. A reação foi uma subida de 11,5 pontos nos juros da dívida italiana a 10 anos, para 2,069%, que arrastou outros países periféricos.

As yields da dívida da Grécia sobem 24,2 pontos para 4,37%, enquanto em Espanha avançam para 1,38% e em Portugal para 1,78%. Em sentido contrário, os juros da dívida da Alemanha recuam 3,5 pontos base para 0,61% e os de França perdem 1,8 pontos para 0,845%.

Nas bolsas, a tendência é a contrária. O italiano FTSE MIB perde 2,26%, enquanto o espanhol IBEX 35 perde 1,04% e o francês CAC 40 desliza 0,01%. O alemão DAX sobe 0,20% e o britânico FTSE 100 ganha 0,09%. O euro deprecia-se 0,46% para 1,1785 dólares.

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