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BCP, EDP e CTT arrastam PSI-20 para perdas. Espanhol Ibex 35 castigado pela banca

“Foi uma sessão negativa para a maioria das bolsas europeias, com o setor da Banca a ser o que mais acusou a pressão perante o movimento de descida das yields de dívida soberana e a reação negativa às contas do JPMorgan e Goldman Sachs no arranque da earnings season relativa às contas do 2.ºtrimestre”, diz o analista Ramiro Loureiro.
13 Julho 2021, 17h40

O PSI-20 fechou nos 5.196,01 pontos, recuando 0,44% face à sessão de ontem. A liderar as perdas destacou-se o BCP ao recuar -1,97% para 0,1297 euros, acompanhando a tendência da banca em toda a Europa.

O segundo título que mais caiu foi o dos CTT que perdeu -1,92%, corrigindo dos ganhos recentes, para 5,11 euros. A EDP Renováveis recuou -1,50% para 21,00 euros e a EDP perdeu -0,50% para 4,75 euros.

Do lado positivo apenas surgem quatro títulos do índice. O destaque vai para a Jerónimo Martins que subiu +0,92% para 16,93 euros. A Altri foi a segunda ação que mais subiu, ao valorizar +0,56% para 5,37 euros.

O dia destacou-se com as notícias do IPO da Greenvolt do grupo Altri. A Greenvolt – Energias Renováveis definiu o preço da Oferta Pública Inicial (IPO) para novas ações em 4,25 euros.

Já a Semapa emitiu um empréstimo obrigacionista no montante de 50 milhões, aberto à subscrição de particulares. A operação insere-se no plano de refinanciamento da sua dívida financeira.

Na Europa a maioria dos índices fecharam em queda, a exceção é o Stoxx 600 que subiu 0,028% e o EuroStoxx 50 que subiu +0,03% para 4.094,56 pontos.

Nas principais praças, o DAX fechou com uma ligeira queda de -0,01% para 15.789,64 pontos; tal como o CAC 40 que fechou a cair -0,01% para 6.558,47 pontos. O FTSE de Londres perdeu -0,01% para 7.124,72 pontos.

Já o italiano FTSE MIB recuou 0,42% para 27.617,92 pontos e o IBEX liderou as perdas ao cair -1,38% para 8.694,80 pontos.

Segundo o Research do Millennium investment banking, a inflação gerou receios, mas só deste lado do Atlântico, já que nos EUA o Nasdaq 100 está em máximos.

“Foi uma sessão negativa para a maioria das bolsas europeias, com o setor da Banca a ser o que mais acusou a pressão perante o movimento de descida das yields de dívida soberana e a reação negativa às contas do JPMorgan e Goldman Sachs no arranque da earnings season relativa às contas do 2.ºtrimestre”, diz o analista Ramiro Loureiro.

O IBEX foi deste modo o mais castigado, dada a exposição ao setor. O Santander em Espanha vendeu uma carteira de NPLs (Non Performing Loans) avaliada em 600 milhões de euros ao fundo norte-americano Marathon. O valor de compra rondou os 100 milhões, segundo o El Confidencial.

“A revelação de que a inflação nos EUA subiu inesperadamente em junh o, de 5% para 5,4%, acabou por condicionar o sentimento deste lado do Atlântico, pese embora as congéneres de Wall Street estarem a reagir tranquilamente, com o Nasdaq 100 a atingir mesmo novos máximos históricos. Até porque a justificar a evolução da inflação norte-americana esteve o disparo das componentes de Energia e Transportes e Veículos Usados, fazendo acreditar que o movimento se possa dever à reabertura da economia, o que, a confirmar-se nos próximos meses, reiteraria a ideia da Fed de que este pico é temporário e se deve a fatores transitórios”, refere o analista do BCP.

Em termos macroeconómicos, destaque para o valor acrescentado nas exportações da UE, segundo o Eurostat.
Em 2019, o valor acrescentado apoiado pelas exportações representou 20,7% do valor acrescentado total na UE. Em Portugal este valor é 11,7%.

O euro cai 0,39% para 1,1815 dólares.

A dívida alemã subiu 0,0 pontos base para -0,30%. Já a dívida portuguesa a 10 anos no mercado secundário caiu 1,71 pontos base para 0,29%. Espanha também tem os juros a recuarem 1,88 pontos base para 0,32%. Itália vê os juros caírem 2,28 pontos base para 0,71%.

O petróleo Brent em Londres dispara 1,64% para 76,39 dólares.

 

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