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BCP, EDP Renováveis e Sonae impulsionam PSI 20, em linha com ganhos na Europa

Apenas cinco das 18 empresas cotadas do PSI 20 negoceiam no vermelho
23 Junho 2020, 11h43

O principal índice bolsista português (PSI 20) soma 0,78%, para 4.448,46 pontos, em linha com as principais congéneres europeias esta terça-feira, 23 de junho.

Na bolsa portuguesa, apenas cinco das 18 empresas cotadas do PSI 20 negoceiam no vermelho. A bolsa nacional negoceia em alta, beneficiando dos ganhos do BCP (1,61%), da Galp (1,30%), da EDP Renováveis (1,88%) e da Sonae (2,49%).

“As principais praças europeias ganham fulgor e negoceiam em alta, depois dos valores preliminares de atividade na Zona Euro terem mostrado um alívio expressivo do ritmo de contração em junho, com um regresso surpreendente à expansão em França”, comenta o Mtrader do Millennium BCP, Ramiro Loureiro.

De acordo com o analista, os valores preliminares dos PMI, indicador económico, apontam para um alívio do ritmo de contração da atividade na zona euro, em junho, tanto na indústria como nos serviços. França poderá ser o motor da “expansão surpreendente”, segundo Loureiro.

O espírito dos investidores também está a ser “alimentado” pelas recentes afirmações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que escreveu no Twitter que “permanece intacto” o acordo comercial com a China. Isto, depois de o diretor do conselho nacional para o comércio, Peter Navarro, ter afirmado à Fox News que o acordo com a China teria ficado, entretanto, sem efeito.

As afirmações de Navarro assustaram os investidores, sobretudo nas bolsas asiáticas, mas as posteriores palavras de Trump tiveram um efeito tranquilizante. Assim, as praças bolsistas asiáticas, futuros de Wall Street e europeias, encontram-se em alta.

Acrescem os dados económicos vindo do Reino Unido e do Japão que também contribuem para um dia positivo nas praças bolsistas. Valores preliminares da indústria britânica indicam para uma expansão do Reino Unido em junho, enquanto no Japão os valores preliminares apontam para que a atividade industrial nipónica tenha agravado o ritmo a contração da economia. Contudo, a atividade terciária terá abrandado significativamente o ritmo de queda, de acordo com a análise de Ramiro Loureiro.

Destaque, ainda, para as pretensões do governo espanhol, que está a avaliar planos para aumentar significativamente o tamanho do seu fundo de garantia de empréstimos de 100 mil milhões de euros. Isto, depois de o programa ter atraído uma grande procura por parte das empresas que lutam para resistir aos efeitos económicos da pandemia da Covid-19.

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