BCP na Polónia com lucros de 77,9 milhões afetados pelo Eurobank

O Bank Millennium, com sede em Varsóvia, Polónia, do qual o BCP detém 50,1% e que consolida nas suas contas pelo método integral, divulgou hoje os resultados do primeiro semestre de  2019, cujos lucros somaram os 334 milhões de zlótis (77,9 milhões de euros), com um impacto líquido das imparidades iniciais do EuroBank de 65 milhões de zlótis (15,2 milhões de euros).

O lucro do banco polaco no primeiro semestre de 334 milhões de zlótis (77,9 milhões de euros) compara com um resultado líquido de 348 milhões de zlótis (82,3 milhões de euros) no semestre homólogo do ano passado.

O BCP explica que sem a integração do recém comprado Eurobank, o resultado líquido do Millennium Bank, excluindo itens não habituais, atingiu 411 milhões de zlótis, tendo aumentado 12% face ao mesmo período de 2018. A rentabilidade (ROE) está nos 9,7% e o rácio da eficiência Cost/income  nos 46% (excluindo itens não habituais).

O banco polaco destaca o seu crescimento dos proveitos core; e o facto de os custos operacionais estarem influenciados pela aquisição do Eurobank e pelas contribuições obrigatórias para o Fundo de Resolução e FGD (Fundo de Garantia de Depósitos).

Em termos de resultados destaque para as receitas provenientes da margem financeira que aumentou 21,5%, em termos homólogos. Mas excluindo o Eurobank, aumentou 14,7%, em termos homólogos, e 4,7% face ao trimestre anterior.

As comissões mantiveram-se estáveis, em termos homólogos, tendo aumentado 5,1% face ao trimestre anterior (excluindo o Eurobank).

Já os custos operacionais aumentaram 19,6%, em termos homólogos. Mas excluindo as contribuições para o Fundo de Resolução e FGD e a aquisição do Eurobank, os custos operacionais aumentaram 10,9%, em termos homólogos.

O Millennium Bank apresenta uma elevada qualidade dos ativos e liquidez. O rácio de crédito com imparidade (Stage 3),  ou NPE – Non Performing Exposure, está em 4,3% com a cobertura por provisões em 62% (créditos em Stage 3 do Eurobank consolidados ao valor líquido).

O custo do risco fixou-se em 52 pontos base  (anualizado), excluindo o impacto da imparidade inicial, resultante da aplicação da IFRS9, correspondente à Expected Credit Loss – ECL nos próximos 12 meses dos créditos em Stage 1 (crédito bom) e Stage 2 (crédito em risco de entrar em incumprimento) o Eurobank.

O rácio de loans-to-deposits, que mede a autonomia em termos de liquidez, atingiu os 88%.

O Eurobank comprado este ano deverá ter um reflexo positivo nas contas do grupo a partir de 2020, já considerando os custos de integração.