A Comissão Executiva vai propor ao Conselho de Administração do Banco, numa reunião que vai acontecer em Abril, a aprovação de uma proposta de distribuição de dividendos, correspondente a um payout de 10%. Esta proposta será discutida pelos administradores depois de as contas estarem auditadas. A Comissão Executiva aprovou este número e Miguel Maya, CEO do BCP, disse que com isto estavam “sinalizar ao mercado a normalização do banco”.
Como o banco lucrou 301,1 milhões, serão distribuídos 30,1 milhões de euros. O que traduz um dividendo bruto por ação de 2 cêntimos.
Desde 2011 que os acionistas do Millennium bcp não recebem dividendos.
A política de dividendos ainda não está aprovada pelo BCE, mas o CEO “está confiante”, por se tratar de “um dividendo prudente”.
“A política de dividendos ainda não está aprovada pelo BCE, mas estamos tranquilos porque o dividendos que estamos a propor é um dividendo prudente, e os níveis de capital são os adequados”, foram as palavras do presidente executivo.
“Era um compromisso”, admitiu Miguel Maya que mantém que o “dividendo 10% é importante para a confiança no banco, mas tem de ser feito com prudência”.
“Atenção que isto é uma proposta ao Conselho de Administração, que depois endossará essa proposta à AG a quem compete a aprovação do dividendo”, disse.
Esta proposta vai ser levada à Assembleia Geral de 22 de maio, data que foi anunciada pelo Chairman, Nuno Amado, que estava presente na apresentação de resultados anuais do BCP.
“A nossa estratégia é convergir para um payout de 40%, é isso que nos comprometemos. Mas o mais importante é a solvência do banco. No entanto prevemos chegar a 2021 com condições de apresentar um payout de 40% a AG”, adiantou.
Nuno Amado foi o primeiro a falar na conferência de imprensa de apresentação de resultados anuais do BCP. “Nós implementámos um processo de reestruturação muito forte, muito intenso, que foi aprovado em 2012 e 2013 e terminou em 2017. Pagámos 3.000 milhões de empréstimo do Estado, mais 1.000 milhões de euros em juros e comissões”, disse Amado.
“Este processo de reestruturação não foi fácil”, disse ainda o Chairman que elogiou o reconhecimento da melhoria do BCP, materializado na redução “muito significativa” de malparado (NPL).
A melhoria do rácio de eficiência e a capacidade de gerar resultados operacionais, foram outros pontos salientados. A par com o reforço de capitais próprios.
O BCP apresenta nas contas um rácio de capital CET 1 de 12%, na versão fully loaded.
O banco atingiu o breakeven em 2015 e desde então tem vindo a subir os lucros, lembrou.
O ActivoBank tem entretanto um novo CEO em substituição de Dulce Mota. Trata-se de Ricardo Campos, que vem da Polónia, anunciou Miguel Maya.
(em atualização)
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