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BCP reduz carteira líquida de imóveis em balanço para 632 milhões num ano

O BCP vendeu 336 imóveis no 1.º trimestre de 2021 (469 imóveis no 1.º trimestre de 2020), tendo o valor de venda excedido o valor contabilístico em 5 milhões de euros.
  • O presidente do Millennium Bcp, Miguel Maya, durante a apresentação dos resultados do banco durante o ano de 2020, Oeiras, 25 de fevereiro de 2021. ANTÓNIO COTRIM/LUSA
17 Maio 2021, 18h36

A carteira líquida de imóveis recebidos em dação reduziu-se 21,7% entre março de 2020 e março de 2021 no BCP. “O valor da carteira, calculado por avaliadores independentes, situa-se 31% acima do respetivo valor contabilístico”, destacou o banco.

Em março do ano passado o BCP tinha imóveis recebidos em dação no valor bruto de 995 milhões de euros (dos quais 807 milhões líquidos de imparidades). Em março deste ano o banco reporta 768 milhões de euros de valor bruto de imóveis recebidos em dação, para os quais constituiu 136 milhões de imparidades, o que resulta num valor líquido de 632 milhões de euros. Portanto o valor líquido dos imóveis em balanço de reduziu-se em 175 milhões face ao ano anterior.

O BCP vendeu 336 imóveis no 1.º trimestre de 2021 (469 imóveis no 1.º trimestre de 2020), tendo o valor de venda excedido o valor contabilístico em 5 milhões de euros.

No que toca às unidades de participação em fundos de reestruturação, o BCP diz que o saldo em fundos de reestruturação empresarial desceu 10,3% para 820 milhões em março de 2021. O crédito inicial nestes fundos totaliza 2.006 milhões, pelo que as imparidades totais (no crédito inicial e nos fundos) correspondem a uma cobertura de 59%.

Questionado sobre os fundos geridos pela ECS, que estão em processo de venda, podem gerar imparidades adicionais pelo facto de o valor das propostas ser inferior ao net asset value, Miguel Maya disse que o valor a que os fundos estão contabilizados em balanço “é o correto, adequado e corresponde ao valor do mercado” remetendo para os auditores. No entanto reconheceu o contexto difícil para os ativos de turismo. A ECS está a vender os fundos de turismo e as propostas rondam os mil milhões de euros, abaixo do net asset value. “O BCP ainda não tomou a decisão de vender ou não vender”, disse.

Sobre venda de carteira de malparado, Miguel Maya disse que “o BCP está quase sempre em vendas de carteiras por que é uma das alavancas para a redução do Non-Performing Exposure (NPE)”. O Eco noticiou que  o BCP colocou no mercado uma carteira no valor de 180 milhões de euros este ano.

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