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BCP vê com “alguma apreensão” eventual injeção de 1.000 milhões no Novo Banco

“Obviamente que vemos com alguma apreensão, não posso dizer que seja uma surpresa, já que o modelo de incentivos criado é propenso a que haja essa tentação de tirar o máximo possível do fundo”, disse Miguel Maya durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do BCP, em Lisboa.
22 Fevereiro 2019, 00h08

O presidente executivo do BCP, Miguel Maya, disse hoje que o seu banco vê com “alguma apreensão” as notícias da eventual injeção de mais de 1.000 milhões de euros do Fundo de Resolução no Novo Banco.

“Obviamente que vemos com alguma apreensão, não posso dizer que seja uma surpresa, já que o modelo de incentivos criado é propenso a que haja essa tentação de tirar o máximo possível do fundo”, disse Miguel Maya durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do BCP, em Lisboa.

“Não vemos as coisas e não ficamos indiferentes ao que se está a passar”, acrescentou Miguel Maya, numa referência às notícias de 08 de fevereiro publicadas pelo Jornal Económico que dão conta de que o Novo Banco precisará de mais de 1.000 milhões de euros provenientes do Fundo de Resolução (entidade da esfera pública gerida pelo Banco de Portugal, comparticipada pelos outros bancos, que detém 25% do Novo Banco).

O líder do BCP reiterou que o Fundo de Resolução “é um peso enorme” sobre o banco, assente num modelo que não considera “adequado”, acrescentando que a instituição que lidera vai tentar “chegar a um acordo para melhorar o modelo” para que seja mais “equitativo”.

“Não achamos correto que quando há uma união bancária se fala de separar o soberano do risco”, e que depois o fundo apresente uma fatura, concluiu Miguel Maya.

O banco BCP teve lucros de 301,1 milhões de euros em 2018, mais 61,5% do que os resultados de 2017, divulgou hoje Miguel Maya, em conferência de imprensa.

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