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BE diz que linhas gerais do OE 2020 ficam “aquém das necessidades do país”

A delegação bloquista que esteve reunida com o Governo diz que não chegou a qualquer consenso com o Governo e que a continuidade da reposição de rendimentos, a garantia de direitos e a diminuição dos impostos sobre bens de primeira necessidade devem ser prioridades.
  • Mário Cruz/Lusa
10 Dezembro 2019, 11h02

O Bloco de Esquerda (BE) afirmou esta terça-feira que as linhas gerais da proposta de Orçamento do Estado para 2020 (OE 2020) ficam “aquém das necessidades do país”. A delegação bloquista que esteve reunida com o Governo diz que não chegou a qualquer consenso com o Governo e que a continuidade da reposição de rendimentos, a garantia de direitos e a diminuição dos impostos sobre bens de primeira necessidade devem ser prioridades.

“Não conseguimos chegar ainda a patamares de entendimento com o Governo. Consideramos que, neste momento, o que está em cima da mesa fica aquém das necessidades do país. Mas este não é um processo fechado e ainda faltam alguns dias até à entrega do OE. Com toda a naturalidade, aguardamos por esse caminho, sendo certo que não era esta reunião definir quaisquer posições”, afirmou o líder parlamentar do BE, Pedro Filipe Soares, à saída da reunião com o Governo para apresentação das linhas gerais da proposta do OE 2020.

O líder parlamentar do BE sublinhou que esta não foi a primeira vez que o partido esteve reunido com o Executivo de António Costa e que “não é uma reunião definidora”. “É uma negociação ao abrigo da oposição”, afirmou.

A delegação do BE composta pelo líder parlamentar Pedro Filipe Soares e pelos deputados Mariana Mortágua e Jorge Costa esteve reunida com o ministro das Finanças, Mário Centeno, e o secretário de Estado para os Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro para conhecer as linhas gerais do OE 2020, durante cerca de 40 minutos. À saída, sublinharam ainda que as negociações mantém-se em aberto e definiram três prioridades.

“Consideramos que é essencial que este Orçamento do Estado tenha um processo de continuidade na reposição de rendimentos e, desse ponto de vista, a parte salarial e fiscal devem ir a par para garantir mais rendimento às pessoas. Deve também confirmar um caminho de recuperação de direitos, com o reconhecimento a quem trabalhou uma vida inteira, de ter uma vida mais desafogada, e a garantia de bens de primeira necessidade como é o caso da energia, deixam de ser tão onerosos como são atualmente no nosso país”, enunciou Pedro Filipe Soares.

A menos de uma semana da entrega da proposta do OE 2020 na Assembleia da República, o BE mostrou-se otimista quanto à possibilidade de um acordo com o PS. “O sim a uma reposta, às vezes, é dado em poucos segundos. Estamos à espera até ao último minuto”, afirmou.

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