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BE pede ao Governo reforço do SNS e “plano concreto” para travar possível “sindemia” no país

À saída da reunião do Infarmed, o deputado bloquista Moisés Ferreira alertou para a necessidade de novas medidas de apoio, caso as restrições se mantenham, e à criação de um plano para travar uma “sindemia”.
  • Tiago Petinga/Lusa
3 Dezembro 2020, 15h17

O Bloco de Esquerda (BE) considerou esta quinta-feira que o Governo deve reforçar já o Serviço Nacional de Saúde (SNS), com a contratação de novos profissionais, para garantir que o plano de vacinação se torne universal. À saída da reunião do Infarmed, o deputado bloquista Moisés Ferreira alertou para a necessidade de novas medidas de apoio, caso as restrições se mantenham, e à criação de um plano para travar uma “sindemia”.

“É preciso que o plano vacinal e a sua concretização não seja apenas o critério técnico sobre prioridades de vacinação, mas tenha também incluído os meios e recursos que vão ser necessários para tornar esse plano universal. Ou seja, para garantir que o SNS tenha um reforço significativo de profissionais, sobretudo enfermeiros, para que seja possível vacinar o maior número de pessoas possível, o mais rapidamente possível”, referiu.

Moisés Ferreira sinalizou que, além de se ter falado na possibilidade de a vacinação começar “já em janeiro”, foi abordado também, na reunião do Infarmed, a necessidade de se prolongar “durante algum tempo” as medidas de restrição para reduzir o contágio da Covid-19. Segundo o bloquista, isso irá obrigar à necessidade de novas medidas de apoio às atividades e pessoas “mais prejudicadas” pela pandemia.

O BE pediu ainda ao Governo que elabore “um plano, com recursos e com meios, para fazer face a muitas outras vagas e consequências além da incidência da Covid-19”. “Toda a gente sabe que não se trata apenas de uma pandemia. Há quem diga que estamos a enfrentar uma sindemia, ou seja, não é só a Covid-19 mas também as outras situações que foram agravadas pela Covid-19 e o contexto socioeconómico”, alertou.

“É preciso que o Governo tenha um plano concreto para que, durante o ano de 2021, fazer face a essas grandes consequências da Covid-19 e essas grandes vagas que se vão fazer sentir, não diretamente relacionadas com a doença Covid-19, mas com outras consequências”, argumentou ainda.

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