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BE reúne-se na XI Convenção Nacional com legislativas de 2019 em vista

Na moção A “Um Bloco mais forte para mudar o país”, que acolheu o maior número de votos na eleição prévia de delegados, os bloquistas afirmam que querem ser “força do Governo” e prometem fazer “tudo aquilo que o Partido Socialista (PS) não fez”.
  • Catarina Martins
10 Novembro 2018, 09h00

Os aderentes do Bloco de Esquerda (BE) reúnem-se este fim de semana para a XI Convenção Nacional, onde serão definidas as linhas gerais das propostas que o partido quer levar às eleições do próximo ano. Na moção A, que acolheu o maior número de votos na eleição prévia de delegados, os bloquistas afirmam que querem ser “força do Governo” e prometem fazer “tudo aquilo que o Partido Socialista (PS) não fez”.

Entre sexta-feira e este domingo, os aderentes do BE vão eleger os 625 delegados à Convenção Nacional. A moção A, “Um Bloco mais forte para mudar o país”, apresentada pela coordenadora do BE, Catarina Martins, pelo líder parlamentar Pedro Filipe Soares e pela eurodeputada Marisa Matias, conseguiu 83,7% dos votos, o que corresponde a 523 delegados, e é a que têm o maior número de subscritores.

Na moção, os três proponentes (oriundos de fações políticas diferentes) estão unidos na ambição de levar o BE a um lugar de maior destaque nas próximas eleições. “Em 2019, o Bloco quer ser força de governo, com uma nova relação de forças. Um governo de esquerda dá uma garantia ao povo: defende o salário, a pensão e o emprego”, escrevem os bloquistas, na moção apresentada.

“Esse governo fará o que o PS recusou fazer, partindo do ponto em que o PS travou, sem tibiezas: relançar a saúde e escola públicas e a dignidade do trabalho, combater o rentismo e recuperar a propriedade de bens estratégicos na economia e no ambiente”, explicam. “Em simultâneo, abrir um processo de alteração dos tratados europeus para a redefinição da política económica e da dívida. Sem essa redefinição, não há espaço para políticas de esquerda”.

A votos vão também outras duas moções: a moção C, “Mais democracia, mais organização” e a moção M, “Um Bloco que não se encosta”. Na eleição prévia de delegados, a moção C conseguiu 1,9%, o que corresponde a 12 delegados, e a moção M teve 7,5%, ou seja, 47 delegados.

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