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Berardo “incrédulo com falta de memória” de Constâncio

Este comentário surge depois de o ex-governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, que esteve a ser ouvido pela segunda vez no Parlamento sobre a recapitalização da CGD, ter negado que se tenha reunido sozinho com o empresário madeirense.
18 Junho 2019, 17h01

Fonte oficial de Joe Berardo disse esta terça-feira ao Jornal Económico que “o comendador está incrédulo com a falta de memória do ex-governador do Banco de Portugal relativamente a uma reunião que tiveram os dois a sós no mês de julho de 2007 na sede” do banco central português.

O comentário surge depois de o antigo governador do Banco de Portugal (BdP) Vítor Constâncio, que esteve esta manhã a ser ouvido pela segunda vez no parlamento sobre a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos (CGD), ter negado que se tenha reunido sozinho com o empresário madeirense.

Vítor Constâncio disse hoje aos deputados que, na “única” reunião que teve com José Berardo, o empresário pensava que iria reunir-se a sós consigo e que o empresário terá ficado surpreendido com a presença de outras pessoas no encontro. Esta foi a resposta à pergunta da deputada do CDS-PP Cecília Meireles sobre quantas vezes se reuniu com José Berardo.

“Essa reunião lembro-me perfeitamente. Recebi o senhor José Berardo acompanhado pelo diretor de serviços jurídicos, José Queiró, e Silva Ferreira”, afirmou. “Confrontei-o com essas críticas [referindo-se às denúncias, em 2007, sobre as offshore do BCP, que foram feitas pelo empresário madeirense] e pedi-lhe explicações e mais informações sobre o que queria dizer com essas violentas críticas ao Banco de Portugal”, disse Vítor Constâncio.

“E a verdade é que se atrapalhou e não tinha propriamente respostas ou mais informações, percebeu que afinal a reunião não era comigo, sozinho, e pouco depois – a reunião durou poucos minutos – disse ‘o senhor está com advogados, eu não trouxe advogados e, portanto, vou-me embora’. E foi-se embora”, relatou o ex-governador do BdP. Vítor Constâncio não conseguiu, no entanto, precisar a data desta reunião.

O ex-governador do BdP voltou nesta terça-feira ao parlamento para explicar a polémica do crédito de 350 milhões de euros da Caixa à Fundação Berardo.

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