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Bial entra no mercado da Coreia do Sul com dois medicamentos

A farmacêutica portuguesa eleva para 60 o número de mercados internacionais onde vende os seus medicamentos. A empresa é uma das maiores investidoras nacionais em investigação.
  • Foto cedida
27 Fevereiro 2018, 11h20

A farmacêutica portuguesa Bial acaba de assinar dois acordos de licenciamento para a comercialização dos seus medicamentos Zebinix (acetato de  eslicarbazepina) e Ongentys (opicapona), na Coreia do Sul, revela a empresa em comunicado. A assinatura dos dois contratos marca a entrada de Bial na Coreia do Sul “e eleva para 60 o número de países em que a farmacêutica tem medicamentos já comercializados ou licenciados”.

Para a importação, embalagem e comercialização do Zebinix na Coreia do Sul, a Bia assinou um acordo de licenciamento exclusivo com a empresa WhanIn Pharm; para o Ongentys foi estabelecido um contrato semelhante com a SK Chemicals.

António Portela, CEO da Bial, explica, citado pelo comunicado, que “à semelhança do que já foi anunciado este ano para a China, com estas parcerias estamos a conquistar um novo mercado, também na Ásia, no nosso projeto de internacionalização. Estamos confiantes que escolhemos bons parceiros, com experiência na área terapêutica do sistema nervoso central, e esperamos que dentro de alguns anos possa ser possível comercializar estes nossos medicamentos inovadores na Coreia do Sul”.

Os novos parceiros comerciais da farmacêutica irão dar seguimento ao processo regulamentar inerente aos Pedidos de Autorização de Introdução no Mercado junto das autoridades sul-coreanas, perspetivando-se que estes medicamentos possam ser comercializados a partir de 2020.

A empresa “tem centrado a sua atividade na Investigação e Desenvolvimento (I&D) de novos medicamentos, nomeadamente nas neurociências, investindo, em média, nos últimos anos 20% da sua faturação anual. De acordo com dados publicados recentemente no The 2017 EU Industrial RD Investment Scoreboard, a Bial é a empresa portuguesa com maior investimento em I&D, com 38,7 milhões, ocupando a 445ª posição no ranking das 1000 empresas Europeias que mais investem em I&D”.

O Zebinix, para o tratamento da epilepsia, foi o primeiro medicamento de patente portuguesa e da Bial a chegar ao mercado. “Aprovado em 2009 pela Comissão Europeia como terapêutica adjuvante em adultos com crises epiléticas parciais, com ou sem generalização secundária, recebeu também já indicação em monoterapia e na pediatria”. Também nos Estados Unidos o acetato de eslicarbazepina está comercializado, desde 2014, e tem aprovação no tratamento de crises epiléticas parciais em adultos, adolescentes e crianças a partir dos 4 anos.

O Ongentys é o mais recente fármaco de investigação da Bial. Aprovado em junho de 2016 pela Comissão Europeia está indicado como terapêutica adjuvante da levodopa em pacientes adultos com doença de Parkinson e flutuações motoras que não estão controlados com outras terapêuticas. O Ongentys já é comercializado na Europa, em países como a Alemanha, Reino Unido e Espanha, perspetivando-se o seu lançamento em outros países europeus, incluindo Portugal.

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