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Bloco de Esquerda defende auditoria à gestão privada da TAP

A deputada bloquista Isabel Pires refere que “é importante que o país perceba exatamente o que se passou durante a gestão privada e também para salvaguardar parte do erário público com essa mesma auditoria”.
  • José Sena Goulão/Lusa
3 Julho 2020, 10h46

O Bloco de Esquerda (BE) pretende que seja feita uma auditoria à gestão privada da TAP. A deputada Isabel Pires reagiu esta sexta-feira ao anúncio da compra de 72,5% da companhia aérea por parte do Estado português por 55 milhões de euros.

“É importante que o país perceba exatamente o que se passou durante a gestão privada e também para salvaguardar parte do erário público com essa mesma auditoria”, referiu a deputada salientando que “é preciso esclarecer qual vai ser o modelo de gestão escolhido para a TAP”. “Do nosso ponto de vista, achamos que o controlo público com necessariamente a gestão pública é aquilo que salvaguarda o interesse público”, disse à imprensa.

Isabel Pires afirmou que a solução encontrada pelo Estado “fica aquém na medida em que para já se percebe que não há uma garantia de controlo e gestão pública a 100% e porque ainda não se conhece o plano estratégico e de reestruturação”.

Já sobre o plano de reestruturação, Isabel Pires frisou que “é preciso que tenhamos uma orientação estratégica para a TAP”, dado que se trata de uma empresa estratégica para a economia portuguesa, representa cerca de 2% do PIB, tem quase 10 mil trabalhadores diretos e milhares de trabalhadores indiretos que estão dependentes da atividade companhia aérea.

Para o BE, o plano estratégico tem de garantir que a empresa se mantém como um pilar para a coesão territorial. “Tem que assegurar os postos de trabalho que existem, ter objetivos ambientais e objetivos muito bem definidos do ponto de vista da exportação, mas também para a ligação às comunidades portuguesas”, explicou.

Isabel Pires referiu ainda que a privatização da TAP “foi um erro tremendo”, assim como o processo de renacionalização que foi feito anteriormente e que se “prova agora foi bastante prejudicial para o interesse público”.

Uma posição que de resto defendida pela coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins, na sua conta da rede social Twitter.

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