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Bloco de Esquerda quer ouvir Luís Filipe Vieira e Nuno Vasconcellos na CPI do Novo Banco

Presidente do Benfica e ex-homem-forte da Ongoing serão chamados pelos bloquistas para esclarecer o seu papel nas perdas registadas pela instituição financeira.
28 Dezembro 2020, 16h31

O Bloco de Esquerda vai incluir o presidente do Benfica, Luís Filipe Vieira, na qualidade de empresário do ramo do imobiliário, entre as figuras que pretende ver ouvidas na comissão parlamentar de inquérito às perdas registadas pelo Novo Banco. Na mesma lista encontram-se o seu filho, Tiago Vieira, também dirigente da Promovalor, bem como Nuno Gaioso Ribeiro, da C2 Ventures, e e Nuno Vasconcellos, ex-administrador e sócio da Ongoing.

A Promovalor, grupo económico da família Vieira, chegou a acordo com o Novo Banco para reestruturar a sua dívida em 2017, e os seus ativos passaram o fundo C2 Ventures, cujo CEO era Nuno Gaioso Ribeiro, então também administrador do Benfica. Em causa estarão perdas superiores a 200 milhões de euros para a instituição financeira. Por seu lado, a Ongoing terá deixado um ‘buraco’ de 600 milhões de euros no Novo Banco, sendo que o Fundo de Resolução vetou uma venda dessa dívida por um valor 30 vezes menor.

Também chamados à Assembleia da República pelo Bloco de Esquerda serão os ex-ministros das Finanças Maria Luís Albuquerque e Mário Centeno, o antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa, e ainda João Costa Pinto, ex-presidente do conselho de auditoria do Banco de Portugal, António Ramalho, atual CEO do Novo Banco, e os ex-responsáveis pelo Banco Espírito Santo e Novo Banco Vítor Bento e José Honório.

Os bloquistas querem ainda ver na comissão parlamentar de inquérito Luís Máximo dos Santos, presidente do Fundo de Resolução, João Filipe Soares da Silva Freitas, secretário-geral do Fundo de Resolução e diretor do Departamento de Resolução do Banco de Portugal, José Brito Antunes, ex-iretor do Departamento de Serviços Jurídicos do Banco de Portugal, José Rodrigues de Jesus, ex-presidente da Comissão de Acompanhamento, José Bracinha Vieira, atual presidente da Comissão de Acompanhamento.

E ainda Ger Jan Koopman, vice-diretor-geral da Concorrência da Comissão Europeia, e Peer Titler, responsável pelas ajudas de Estado ao sector financeiro na Comissão Europeia.

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