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Bloomberg destaca fábrica portuguesa de exportação de jogadores de futebol

Nos últimos anos, os principais clubes portugueses de futebol obtiveram cerca de 875 milhões de euros através de vendas de jogadores a clubes das ligas mais ricas. Reportagem da Bloomberg procura descobrir as razões do sucesso, passando pelas “academias” do Benfica e do Sporting, onde se “procura outro Ronaldo.”
1 Julho 2017, 12h30

Apesar de Portugal estar “entre os países mais pobres da Europa, tem uma dimensão desproporcional no desporto graças à sua habilidade para moldar talentos,” salienta a Bloomberg. Não apenas talentos portugueses, mas de várias nacionalidades, com predominância na América do Sul. Nos últimos anos, os clubes portugueses têm protagonizado algumas das mais avultadas transferências de jogadores para as principais ligas europeias. E a janela de transferências do verão de 2017 está a confirmar a tendência, com as aquisições milionárias do ponta-de-lança português André Silva (ex-Porto) pelo Milão, do guarda-redes brasileiro Ederson (ex-Benfica) pelo Manchester City e do defesa-central sueco Victor Lindelöf (ex-Benfica) pelo Manchester United.

“As pessoas sabem que os nossos jogadores não vão ser baratos porque temos um bom registo de vendas,” afirma Domingos Soares de Oliveira, dirigente do Benfica. “Assim que os vendemos, queremos que tenham sucesso. Se um jogador falhar depois de o vendermos, então é algo que vai afetar a nossa marca.” A Bloomberg sublinha que a exportação de jogadores é a grande fonte de rendimentos dos clubes portugueses, na medida em que faturam verbas irrisórias em direitos televisivos e “merchandising” na comparação direta com os rivais das principais ligas europeias (e a inglesa à cabeça). Falcao, James Rodriguez, Renato Sanches, João Mário e Axel Witsel protagonizaram alguns dos maiores negócios deste fluxo constante de talentos, sendo Portugal uma espécie de placa giratória.

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