“O Banco BNI vem por este meio confirmar a presença hoje, quinta-feira, 16 de janeiro de 2020, de elementos do Ministério Público (DIAP Regional de Lisboa), Polícia Judiciária, Administração Tributária e do Banco de Portugal na nossa sede em Lisboa”, diz o banco liderado por Pedro Pinto Coelho em comunicado.
Esta diligência incide segundo o próprio Ministério Público “sobre um conjunto de clientes de instituições financeiras e de entidades suas detentoras com o objetivo de recolha de provas relativamente a operações bancárias realizadas por clientes entre 2011 e 2014, bem como documentação relacionada com estas operações”, reforça o banco.
“Conforme decorre do comunicado [da PGR] o Banco BNI Europa não é visado no processo em causa, mas está a colaborar, como é seu dever, com as autoridades”, acrescentam.
Este é o segundo banco a confirmar as buscas levadas a cabo pela Procuradoria Geral da República (PGR).
O Banco Montepio tinha confirmado que, “conforme o teor do comunicado publicado pela PGR, se trata de diligências a propósito de operações de clientes, que reportam a factos ocorridos entre os anos 2011 e 2014”.
Em causa está um inquérito que se encontra em segredo de justiça.
Em comunicado a PGR revelou que “no âmbito de um inquérito dirigido pelo Ministério Público (DIAP Regional de Lisboa), a Polícia Judiciária, através da Unidade Nacional de Combate à Corrupção investiga, além de outros, factos suscetíveis de enquadrar a prática de crimes de burla qualificada, branqueamento e fraude fiscal qualificada”.
“Assim, estão a ser levadas a efeito, esta quinta-feira, várias diligências para cumprimento de 15 (quinze) mandados de busca e apreensão, em Instituições Bancárias, na sede social de uma associação, em domicílios e em sedes de empresas”, avança a PGR.
Segundo o comunicado da PGR, “as diligências incidem sobre um conjunto de clientes de instituições financeiras e de entidades suas detentoras, com o propósito de recolha de prova relativamente a operações bancárias realizadas por clientes entre 2011 e 2014, bem como documentação relacionada com estas operações. Nestas diligências, o Ministério Público é coadjuvado pela Unidade Nacional de Combate à Corrupção da Polícia Judiciária e por peritos e consultores da Administração Tributária e do Banco de Portugal”.
As referidas diligências estão a ser presididas por 4 juízes do TIC de Lisboa e Amadora, acompanhadas por 4 Procuradores da República do DIAP de Lisboa, 90 elementos da Polícia Judiciária, 4 elementos da Autoridade Tributária e 6 elementos do Banco de Portugal.
O Banco BNI Europa iniciou a sua atividade em Portugal em julho de 2014.
Recorde-se que o Banco Montepio está em processo de venda do Finibanco Angola ao angolano BNI, que detém o BNI Europa em Portugal.
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