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BNI Madeira na rota do crescimento

A organização de ‘networking’ está presente em 73 países e faturou mais de 119 milhões de euros em Portugal.
3 Julho 2020, 10h00

O Business Networking International (BNI) é uma organização baseada no networking que tem por base a troca de referências entre os seus membros. Entre 12 de março e final de maio, i.e. durante a pandemia, realizou 27 milhões de euros de negócios, dos quais 469 mil euros na Madeira. Neste período foram passadas 35.697 referências (1.032 na Madeira), e mais 172 pessoas aderiram à organização.

“Adaptámo-nos muito rapidamente às restrições impostas pela pandemia. Passámos na mesma semana, em todo o mundo, para o online, numa altura em que ainda não havia restrições”, explica Pedro Souto, diretor executivo do BNI Madeira e Açores.

O BNI assenta no networking e na referenciação e, para se juntar à organização, é necessário formar um grupo composto por um mínimo de 25 membros, sendo que não pode haver concorrência interna. Ou seja, em cada grupo formado só pode existir uma pessoa de um determinado ramo de negócio. O BNI assenta no princípio de que “se eu te der negócios a ti, tu vais dar-me negócios a mim”, explica Pedro Souto. Tendo isto presente, não é permitida a cobrança de qualquer tipo de comissões pelos negócios que vão sendo fechados.

Cada grupo reúne-se uma vez por semana para trocar referências de negócios. Para aderir ao BNI, os membros têm de fazer uma formação obrigatória.

A pandemia trouxe uma quebra nos negócios gerados pelo BNI no primeiro mês, mas nesta fase já se está a regressar aos volumes normais, segundo Pedro Souto.

O diretor executivo do BNI Madeira e Açores diz que, atualmente, todas as reuniões continuam a realizar-se online e que ainda não há perspetivas sobre quando estas poderão voltar a ser presenciais. “Só passarão a ser presenciais quando for garantidamente seguro”, sublinha.

BNI gerou 4,5 milhões de euros em negócios na Madeira
Na Madeira, o BNI fechou negócios na ordem dos 4,5 milhões de euros, em 2019. Em território nacional existem 93 grupos (três na Madeira), que englobam mais de 2.100 membros e que geraram 119 milhões de euros em 2019. A organização de networking está presente em 73 países e conta com mais de 270 mil membros.

Crise trouxe BNI para a Madeira
O BNI chegou à Madeira quando a crise atingiu Portugal, através de um contacto que Pedro Souto, arquiteto, teve com um cliente inglês que tralhava em networking. “Ficámos amigos durante o processo de construção da casa. Perguntei sobre o networking e disseram que faziam parte de uma organização de networking chamada BNI. Explicaram que era um grupo de empresários que se ajudavam mutuamente a arranjar negócios. Visitámos um grupo BNI em Lisboa, gostámos e ficámos com vontade de participar. Não existia nada assim na Madeira. Não havendo nada, uma coisa levou à outra. Acabámos por ficar com o franchising para a Madeira e Açores”, explica Pedro Souto, sobre as origens do BNI na região autónoma.
“Quando visitámos o grupo em Lisboa percebemos o conceiro, vimos os negócios a acontecer. Em qualquer parte do mundo o conceito funciona. Não havia maneira de isto não funcionar na Madeira”, constata.

Marisa Sousa, diretora executiva do BNI Madeira e Açores, diz que existem duas regras fundamentais nas reuniões do BNI que é a assiduidade e pontualidade. “Ao contrário da cultura portuguesa, nós começamos a horas. A reunião é estruturada. Uma reunião na Madeira é igual em todo o lado. O que muda é a língua”, explica.

“É uma das coisas que quem nos visita gosta e fica surpreendida pela positiva. Às 7h00 em ponto começa a reunião. A reunião tem momentos para as pessoas se apresentarem, passarem referências e contactos, para trocar cartões de visita, apresentarem a sua empresa, etc..”, acrescenta Marisa Sousa.

BNI quer ser “a” forma de fazer negócios na Madeira
Pedro Souto diz que a ambição é que o BNI venha a ser considerado a “forma de se fazer negócios” na região.

“O BNI faz negócios de forma diferente. Quem quer muito negócio quase deve esquecer o seu próprio negócio e pensar no negócio dos outros. Em vez de ser eu sozinho a procurar negócio para mim, vão 20, 30, dependendo da dimensão do grupo, a procurar negócio para mim. O que é muito mais negócio do que ser eu a procurar sozinho só para mim. É esta a lógica. O que faz com que isto seja exponencial. Não importa o valor mas a confiança que as pessoas depositam em nós para nos referenciar aos seus contactos”, defende Pedro Souto.

Artigo publicado no Económico Madeira de 3 de julho 2020

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