[weglot_switcher]

Bodo Ramelow: o presidente que fugiu da Alemanha Ocidental para a Alemanha de Leste

Levou pela primeira vez um partido de esquerda a vencer numas eleições estaduais na Alemanha. Mas Bodo Ramelow arrisca-se a ser ultrapassado pelos outros sinais que resultam das regionais da Turíngia: a diminuição cada vez mais acentuada do poder da CDU de Angela Merkel; e o imparável crescimento da extrema-direita do AfD. Três sinais que vão ficar como pistas para se compreender o que se irá passar nas próximas eleições gerais na Alemanha – algo que importa a toda a Europa.
2 Novembro 2019, 08h00

Bodo Ramelow, o homem que manteve a esquerda no poder no estado alemão da Turíngia nas eleições do domingo passado, não fugiu da República Federal da Alemanha para a República Democrática da Alemanha atravessando o famoso Muro de Berlim com risco da própria vida – até porque o risco era pela tentativa de passar no sentido inverso.

Ao contrário do que diz o enganoso título deste texto, Bodo Ramelow não passou o Muro de Berlim para o lado de lá – aparentemente não era muito costume – mas fez o que há de mais parecido com isso: nascido em 1956 na Alemanha Ocidental, onde passou as primeiras três décadas de vida, mudou-se para a antiga Alemanha Oriental quando o Muro deixou de fazer fronteira entre as duas partes irmãs de Berlim (em 1990) e, mal lá chegado, inscreveu-se no Partido Socialista Democrático da RDA (a unificação só se daria mais tarde), sucessor do Partido da Unidade Socialista da Alemanha (SED), que governou a República Democrática Alemã como partido único até 1990.

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.