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Bolsa de Lisboa acompanha Europa em alta, após Fed abrir porta a nova subida de juros

As praças europeias estão a refletir o otimismo dos investidores com as palavras do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, que deu sinais de querer travar o aumento de juros no país.
  • Benoit Tessier / Reuters
29 Novembro 2018, 09h13

A bolsa portuguesa está a negociar em alta esta quinta-feira, 29 de novembro, impulsionada pela Pharol e BCP. O principal índice do mercado, PSI 20, segue em linha com as praças europeias e sobe 0,50% para 4.894,34 pontos. As praças europeias estão a refletir o otimismo dos investidores com as palavras do presidente da Reserva Federal norte-americana (Fed), Jerome Powell, que deu sinais de querer manter o aumento de juros no país.

A destacar-se entre os ganhos está a Pharol, que valoriza 3,48% para 0,202 euros. A cotada fechou sessão esta quarta-feira a disparar quase 12%, completando a maior subida desde fevereiro, apesar de não haverem notícias que justifiquem esse desempenho. Ao todo foram trocadas 13,69 milhões de ações, quando a média diária é de 3 milhões.

A cotada é seguida de perto pela Mota-Engil. A construtora sobe 1,68% para 1,690 euros, estando a beneficiar da revisão do BPI aos preços-alvo e às recomendações de várias cotadas do PSI 20. O banco entende que a Mota-Engil é uma das cotadas com maior potencial de valorização (mais de 70%). Apesar de a cotada estar em mínimos de janeiro de 2017, mas o banco considera que ainda há espaço para valorização, tendo em conta o ritmo elevado o setor das infraestruturas em África.

A Semapa é outra das cotadas que está também a negociar em alta. O BPI considera que o potencial de recuperação da papeleira é grande, depois de ter estado a negociar em baixa liquidez. A cotada segue a valorizar 1,97% para 14,480 euros.

Os CTT somam 1,21% para 3,50 euros. Já o BCP ganha 0.94% para 0,247 euros. No setor da energia, a EDP valoriza 0,43% para 3,071 euros, a EDP Renováveis avança 0,92% para 7,680 euros e a Galp Energia aprecia 0,11% para 14,300 euros.

No ‘verde’ negoceiam ainda a NOS (0,95%), a Sonae (0,71%), a Sonae Capital (0,40%), a Altri (0,62%), a Ibersol (0,25%) e a F. Ramada (0,56%).

A contrariar a tendência estão a Navigator (-0,48%), a Jerónimo Martins (-0,05%), a Corticeira Amorim (-0,32%) e a REN (-0,17%).

As restantes praças europeias estão também a negociar em alta. O índice alemão DAX soma 0,68%, o francês CAC valoriza 0,98%, o italiano FTSE MIB aprecia 0,48%, o holandês AEX ganha 0,46%, o espanhol IBEX 35 sobe 0,63% e o britânico FTSE 100 avança 0,94%.

“A sessão iniciou sob o efeito positivo das palavras proferidas na véspera por Larry Kudlow mas foi a intervenção do Presidente da Fed a espoletar o forte momentum dos principais índices”, explicam os analistas do BPI Online.

O principal conselheiro económico da Casa Branca, Larry Kudlow afirmou que as negociações entre a China e os Estados Unidos estão a decorrer a todos os níveis da hierarquia política e que há possibilidade de se chegar a um entendimento no próximo encontro do presidente norte-americano, Donald Trump, com o homólogo chinês, Xi Jinping.

No entanto, foram as palavras de Jerome Powell que marcaram o dia. O presidente da Fed considera que as taxas de juro de referência encontram-se num nível próximo do neutral, ou seja, um nível em que a política monetária não é nem expansionista nem restritiva.

Segundo os analistas do BPI, “estas palavras contrastam com as declarações proferidas no início de outubro, quando referiu que as taxas de juro ainda permaneciam distantes de um nível neutral. “Um dos temas ligados ao futuro da política monetária é saber qual seria o nível neutral das taxas de juro, de forma a se poder antecipar quantos aumentos das taxas de referência o futuro reserva. Nota ainda para o comentário de Jerome Powell que não vê «excessos perigosos» nos mercados bolsistas”, acrescentam.

No setor petrolífero, a cotação do barril de Brent, que serve de referência para a Europa, perde 1,86% para 57,99 euros, enquanto a cotação do crude WTI recua 1,39%, para 49,59 dólares por barril.

No mercado cambial, o euro aprecia 0,07%, para 1,137 dólares, e a libra perde 0,41%, para 1,277 dólares.

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