Bolsa de Lisboa acompanha quedas da Europa. BCP cai mas de 1%

A Bolsa de Lisboa abriu a sessão desta quinta-feira, 14 de novembro, em terreno negativo, com uma descida de 0,14% para os 5.286,24 pontos. Cerca de meia hora depois, o principal índice bolsista nacional negociava com uma queda de 0,41%, para 5.271,78 pontos, pressionado por um deslize generalizado dos títulos das cotadas.

No PSI-20, que acompanha o pessimismo europeu, sobressaem as perdas do BCP (-1,19%, para 0,21 euros) e da Sonae (-1,81%, para 0,92 euros), mas as energéticas também estão no ‘vermelho’. É o caso da EDP (-0,27%, para 3,71 euros), da REN (-0,54%, para 2,77%) e da Galp Energia (-0,10%, para 15,05 euros).

A cair estão também as ações dos CTT (-0,89%, para 3,13 euros) e da Jerónimo Martins (-0,63%, para 15,16 euros). Por outro lado, em contraciclo, estão títulos com os da Nos (+0,47%, para 5,31 euros), da Pharol (+1,86%, para 0,11 euros) e da Navigator (+0,06%, para 3,58 euros), que esta semana marcou a agenda mediática por causa do horário de trabalho e dos fundos de pensões dos seus colaboradores.

Já ontem, após o fecho do mercado, a Sonae MC divulgou as contas e apresentou 88 milhões de euros de lucro nos primeiros nove meses deste ano, uma quebra de 16,2% face a igual período de 2018, o que, segundo o grupo, deveu-se à ausência de resultados extraordinários.

Nas restantes praças do ‘Velho Continente’, reinam igualmente as desvalorizações – à exceção da Holanda, onde o AEX valoriza 0,10%. No entanto, o índice alemão DAX perde 0,32%, apesar de a economia germânica ter escapado à recessão e ter apresentado um crescimento de 0,1% nos primeiros três meses do ano. O francês CAC 40 desliza 0,02%, o italiano FTSE MIB recua 0,19% e o espanhol IBEX 35 desce 0,09%. O Euro Stoxx 50 está igualmente a ser marcado por uma desvalorização de 0,09%.

“A principal notícia que irá marcar a abertura é a primeira leitura do PIB alemão. No terceiro trimestre, a economia germânica cresceu 1% face ao mesmo período de 2018. No entanto, as atenções dos investidores e dos economistas deverão centrar-se na variação do PIB face ao trimestre anterior”, afirmam os analistas do CaixaBank/BPI Research.

Segundo a nota de mercado destes analistas, nesta ótica, os economistas estimavam que o PIB decrescesse 0,10%, sinalizando assim que a economia alemã estava em recessão. “De acordo com o primeiro cálculo, o PIB alemão cresceu 0,10% no terceiro trimestre face ao segundo, evitando assim a entrada numa recessão (geralmente, considera-se uma recessão quando o PIB decresce por dois trimestres consecutivos)”, sublinham.