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Bolsa de Lisboa fecha em alta com Sonae a liderar. Europa fecha no verde

Inflação faz disparar juros soberanos, mas os mercados de ações reagiram bem. Na Europa as bolsas mostraram-se resilientes à subida de inflação dos Estados Unidos e da Alemanha. Por cá a Sonae liderou os ganhos e os CTT as perdas.
10 Novembro 2021, 17h33

O PSI-20 fecha nos 5.705,90 pontos a subir 0,38%. A maior subida coube à Sonae que valorizou 1,71% para 1,0120 euros. Destaque ainda para a subida da Novabase de +1,28% para 4,740 euros; a Galp avançou +1,33% para 9,01 euros; a EDP Renováveis valoriza +1,25% para 22,68 euros; a Jerónimo Martins ganha +1,31% para 20,92 euros; a Novabase fechou em alta de +1,28% para 4,740 euros.

Em queda destacou-se os CTT com uma queda de -2,25% para 4,12 euros. A Mota-Engil também sofreu uma correção de -1,51% para 1,304 euros. Registo ainda para queda da Navigator de -0,90% para 3,30 euros.

Apesar de não registar uma queda expressiva (-0,17%) a Corticeira Amorim fez um comunicado ao mercado onde propõe um dividendo extra de 0,085 euros por ação. Isto através da distribuição de reservas de 11,3 milhões de euros, de acordo com uma proposta que a empresa da família Amorim levará à Assembleia Geral de 3 de dezembro.

Recorde-se que a Corticeira Amorim distribuiu 0,185 euros este ano em dividendos relativos ao exercício de 2020.

Na Europa as bolsas mostraram-se resilientes à subida de inflação dos Estados Unidos e da Alemanha.

As bolsas europeias encerram em alta, no dia em que foi revelado que a inflação nos EUA subiu mais que o esperado em outubro e atingiu os 6,2%, o valor mais elevado desde 1990. “Apesar da Fed ter vindo a reiterar que o pico recente se deve a fatores transitórios, algumas rubricas do índice de preços no consumidor mostram que a inflação está a ampliar para além das categorias associadas à reabertura da economia, o que pode gerar pressão sobre o Banco Central norte-americano para eventuais movimentos antecipados de subida de taxas de juro”, diz Ramiro Loureiro, Analista de Mercados Millennium investment banking.

No plano macroeconómico chegou a indicação de que a inflação na Alemanha voltou mesmo a acelerar em outubro, atingindo os 4,6%. O panorama levou a uma subida das yields de dívida soberana, mas os mercados reagiram bem. A dívida alemã a 10 anos sobe 4,99 pontos base para -0,25%. Enquanto a dívida portuguesa dispara 7,34 pontos base para 0,37% e a espanhola acompanha com um agravamento de juros de 7,79 pontos base para uma yield de 0,46%. Itália tem os juros em alta de 9,48 pontos base para 0,93%.

“No seio empresarial a Marks & Spencer foi destaque, após ter elevado as projeções de lucros. A Alstom fechou igualmente animada perante números que mostraram um consumo de capital mais suave que o temido no 1.ºsemestre”, refere o analista do BCP.

O setor energético liderou os ganhos na sessão, animado pela resposta às contas da Siemens Energy, mas também pelas valorizações expressivas de Siemens Gamesa, BP e Repsol, que iniciou o programa de recompra de ações próprias.

“Os movimentos surgem mesmo depois do Governo dos Estados Unidos ter previsto que o mercado global de petróleo ficará com excesso de oferta e os preços vão recuar no início do próximo ano”, refere também uma análise de hoje do mesmo analista que destacou a queda acentuada da Adidas, que desiludiu em toda a linha nas contas.

A Ahold, que em termos setoriais no Stoxx 600 está agregada no setor de bens de consumo, tal como o Carrefour ou a Jerónimo Martins, ganhou 3,73%, em resposta a bons números e subida de outlook.

A nível macroeconómico, destaque ainda para o indicador Compósito Avançado da OCDE, revela em outubro de 2021, Portugal apresentou uma variação de 0,05% em termos mensais, registando um valor de 99,10 pontos. Estes valores indicam uma fase de moderação no crescimento da actividade económica.

O euro cai 0,72% para 1,1510 dólares.

O petróleo Brent, referência na Europa, recua 1,78% para 83,27 dólares. Nesta altura o crude West Texas, nos Estados Unidos, cai 2,48% para 82,06 dólares.

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