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Bolsa de Lisboa fecha em terreno negativo em contra-ciclo com a Europa

A família Sonae, a Mota-Engil e a Pharol estragaram a sessão da bolsa lisboeta ao registarem quedas acima de 3%. A maioria das praças europeias encerrou em alta, com os índices ibéricos a registarem performances inferiores aos pares. O Euro Stoxx 50 registou a décima sessão consecutiva de valorização.
21 Setembro 2018, 17h27

Nono dia positivo para as bolsas europeias (excepto para a Bolsa de Lisboa) e novos máximos históricos nos EUA, após a notícia de que a China irá reduzir a tarifa média que aplica à maioria das suas importações a partir de outubro.

A família Sonae, a Mota-Engil e a Pharol estragaram a sessão da bolsa lisboeta ao registarem quedas acima de 3%.

As ações que mais caíram no PSI 20 foram as da Pharol (-4,03% para 0,181 euros); as da Sonae ( -3,80% para 0.899 euros); as da Sonae Capital (-3,53% para 0,766 euros); e as da construtora Mota-Engil (- -3,20% para 2,120 euros).

O BCP, bluechip da Euronext Lisboa, caiu -1,06% para 0,2510 euros. A Navigator também tombou -1,33% para 4,318 euros.

Pela positiva destacaram-se a EDP Renováveis (+1,69% para 8,720 euros) e a NOS (+1,88% para 5,135 euros).

No PSI 20, só sete títulos fecharam em alta. O índice fechou em queda de 0,24% para 5.345,8 pontos.

Lá fora assistiu-se a uma sessão animada, com as principais praças em alta. O índice da Bolsa de Londres subiu 1,67% para 7.490 pontos; o CAC 40 subiu 0,78% para 5.494,2 pontos; o DAX valorizou 0,85% para 12.430,9 pontos; o FTSE MIB subiu 0,69% para 21.536,7 pontos; e o espanhol IBEX subiu 0,07% para 9.590 pontos. “A queda das ações do CaixaBank, em resposta ao registo de uma imparidade como resultado da venda da posição na Repsol, condicionou o setor da Banca e o índice IBEX”, refere o Millennium BCP Investment Banking.

O índice global EuroStoxx 50 subiu 0,81% para 3.430,8 pontos.

O analista do BCP, Ramiro Loureiro, explica que “a maioria das praças europeias encerrou em alta, com os índices ibéricos a registarem performances inferiores aos pares. O Euro Stoxx 50 registou a décima sessão consecutiva de valorização”.

“O facto de ter sido Quadruple-Witching day, dia de vencimento simultâneo de 4 contratos (futuros e opções sobre índices e ações) justifica o volume de transações muito superior à média dos últimos trinta dias”, adianta o analista.

Em termos macro, a zona Euro registou uma aceleração surpreendente nos serviços que contrasta com o arrefecimento industrial.

O português José Neves está hoje a cotar pela primeira vez a sua Farfetch. A empresa que vende produtos de luxo online está a disparar na bola com as ações a valerem 27 dólares depois de terem entrado a 20 dólares (+35%).

O petróleo valoriza o,o5% no mercado de Londres para 78,74 dólares e o WTI nos EUA sobe 0,27% para 70,51 dólares.

A dívida soberana dos países periféricos está a melhorar. Nesta altura as obrigações a 10 anos da República portuguesa caem 1,4 pontos base para 1,869%. Espanha segue a mesma tendência com os juros a descerem 1,6 pontos base para uma yield de 1,495%. Itália está a registar uma descida significativa dos juros, ao caírem 5,2 pontos base para 2,83% e a Alemanha vê as sua bunds caírem 0,9 pontos base para 0,462%.

O euro sai face ao dólar 0,29% para 1,1743 dólares.

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