Bolsa de Lisboa segue ganhos da Europa, que espera dados macroeconómicos

A Bolsa de Lisboa abriu a sessão desta sexta-feira, 22 de novembro, em terreno positivo, com uma subida de 0,33% para os 5.189,76 pontos. Cerca de meia hora depois, o principal índice bolsista nacional negociava com um ganho de 0,65%, para 5.206,57 pontos, impulsionado sobretudo pelos títulos da Jerónimo Martins, do BCP e dos CTT – Correios de Portugal.

“Abertura tranquila das praças europeias com os investidores a digerirem as mais recentes mensagens em torno da guerra comercial. Hoje a sessão conta com dados macro importantes, a começar desde logo com a confirmação de que a economia alemã fugiu ao cenário de recessão técnica no terceiro trimestre”, refere Ramiro Loureiro, trader do Millennium bcp, logo após o arranque da sessão.

No PSI-20, que acompanha o otimismo europeu, sobressaem os ganhos superiores a 1% do BCP (+1,04%, para 0,20 euros), da Jerónimo Martins (+1,65%, para 14,82 euros), dos CTT (+1,73%, para 3,05 euros) e da Mota-Engil (+1,17%, para 2,07 euros).

“A Jerónimo Martins está a negociar num canal descendente desde setembro, estando hoje a recuperar-se do limite interior do canal. No entanto, a tendência geral do presente ano é altista, embora este último trimestre esteja a quebrar essa linha de tendência otimista”, assinala André Pires, da XTB.

No ‘verde’ estão ainda cotadas como Nos (+0,69%), Semapa (+0,72%), Sonae (+0,99%), Altri (+0,95%) ou Galp Energia (+0,86%), que está a ser influenciada pela subida do preço do petróleo nos últimos dois dias. Por outro lado, perdem a EDP (-0,25%), a REN (-0,37%) e a Sonae Capital (-0,49%).

Nas restantes praças do ‘Velho Continente’, reinam igualmente as valorizações. O índice alemão DAX sobe 0,64%, depois de ter sido confirmado que a economia germânica evitou a recessão técnica e apresentou um crescimento de 0,1% nos primeiros três meses do ano. O francês CAC 40 avança 0,67%, o holandês AEX cresce 0,65%, o italiano FTSE MIB ganha 0,64% e o espanhol IBEX 35 soma 0,73%. O Euro Stoxx 50 está igualmente a ser marcado por uma valorização de 0,63%.

“De lembrar que a situação económica alemã continua a estar longe de ser risonha. A flexão do PIB do segundo trimestre acabou por ser 0,20% em vez de 0,10%. Não obstante a resiliência do consumo e um ligeiro aumento da despesa pública, o setor empresarial continua a atravessar uma profunda fase de contração”, avisam os analistas do CaixaBank/BPI Research, numa nota de mercado.

O mercado aguarda que, às 9h00 sejam publicados os indicadores PMI (índices dos gestores de compras) para a zona euro, Alemanha, França e Reino Unido, pela IHS Markit, assim como os dados desagregados para a indústria e para os serviços.