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Bolsa nacional continua em alta e com a Pharol a disparar

“O PSI está a recuperar e a consolidar perdas, depois de se ter registado um surto de volatilidade em Wall Street e nas praças mundiais”, afirma Steven Santos, analista do BiG.
  • John Gress/Reuters
7 Fevereiro 2018, 13h38

A bolsa portuguesa está a negociar com sentimento positivo, a meio da sessão desta quarta-feira, em linha com as praças europeias. O principal índice português, PSI 20, recua 1,42%, para 5.402,02 pontos, com a Pharol e a banca a liderarem os ganhos.

“O PSI está a recuperar e a consolidar perdas, depois de se ter registado um surto de volatilidade em Wall Street e nas praças mundiais”, afirma Steven Santos, analista do BiG.

A Pharol continua a destacar-se entre os ganhos, ao disparar 9,91% para 0,233 euros. Steven Santos dá conta de que tem registado uma forte volatilidade nos títulos da cotada. “A posição que a Pharol e a empresa de telecomunicações brasileira Oi estão a tomar em relação à assembleia-geral está a influenciar o desempenho da cotada”, explica Steven Santos.

A administração da Pharol continua a dizer que a reunião de credores da Oi se vai realizar esta quarta-feira, apesar de a Oi ter vindo dizer que tal não seria possível, tendo em conta que isso contraria a decisão judicial. “Já há sociedades de advogados a tomar partido pelo que pode estar em cima da mesa uma ação litigiosa”, acrescenta.

A cotada é seguida pelo BCP, que avança 3,49% para 0,302 euros. “O setor bancário está em alta, em linha com o que se tem vindo a verificar nas bolsas europeias, o que evidencia uma recuperação do setor de risco”, salienta Steven Santos.

O setor da energia está também a transacionar com ganhos. A EDP soma 1,10% para 2,669 euros, a EDP Renováveis ganha 1,46% para 6,960 euros, a Galp Energia sobe 1,57% para 14,840 euros e a REN valoriza 0,41% para 2,426 euros.

Em terreno positivo estão também a Sonae (2,86%), a Sonae Capital (2,95%), a Altri (1,84%), a Navigator (0,33%), a Altri (1,84%), a Semapa (2,40%), a Ibersol (3,51%) e a Mota-Engil (3,42%).

Do lado das perdas, os CTT recuam 2,49% para 3,362 euros. O analista do BiG explica que a cotada está a ser influenciada pela descida da avaliação da Morgan Stanley de equal-weight para underweight. O banco de investimento recomenda a redução da exposição dos títulos dos CTT, atribuindo-lhe um preço-alvo de 3,60 euros, menos 15,3% do que a avaliação anterior.

Em contraciclo estão ainda a Jerónimo Martins (-0,24%), a NOS (-0,20%) e a Corticeira Amorim (-0,98%).

Nas restantes praças europeias predominam os ganhos. O alemão DAX soma 0,87%, o francês CAC 40 sobe 0,64%, o espanhol IBEX 35 avança 0,62%, o holandês AEX valoriza 1,06%, o britânico FTSE 100 ganha 0,93% e o italiano FTSE MIB segue com uma variação positiva de 1,34%.

“As praças europeias estão a inverter a tendência de quedas das últimas sessões e os investidores estão a aproveitar para comprar títulos a preços muito mais baixos”, explica Steven Santos. “Os futuros do S&P 500 estão a negociar em baixa, mas nada impede que esta tendência venha a alterar-se e a bolsa de Wall Street abra em alta”, acrescenta.

No mercado petrolífero, o Brent perde 0,13% para os 66,77 dólares por barril e o crude WTI recua 0,47%, para 63,09 dólares. “Há um padrão técnico de inversão dos ganhos neste setor do mercado, que não está a acompanhar os ganhos das ações”, afirma o analista do banco BIG.

No mercado cambial, o euro perde 0,27% para 1,234 dólares e a libra cai 0,23% para 1,391 dólares.

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